A FICÇÃO
“Depois de se despedir da caminhoneira Abigail Pastore em Recife, Leon Magno procura emprego numa Academia de Dança e Artes Marciais, e consegue rapidamente porque eles precisvam de um zelador, uma espécie de “faz tudo”. Ele consegue o emprego, a simpatia do proprietário e dos professores da academia rapidamente, mas a saudade bate forte. Parece que quando o medo de ser descoberto fica mais distante, ele cai em si e se lembra de tudo o que deixou pra trás. Sim, foi para protegê-los que o fez, mas a que preço?
No texto do Cap.VIII vemos a seguinte narrativa:
“Na hora de dormir, ele, como faz todos os dias, pega a foto de sua Milie e beija, visivelmente emocionado.
— Quando te verei novamente? Como você estará? E meus filhos, e a Camila, e o meu netinho que ainda nem conheço?”
A REALIDADE
A solidão bate forte no peito desse homem, que foge dele mesmo e de seus medos. Ele sequer imagina que seus caçadores não tem a menor ideia de onde ele possa estar, mas para quem foge, sempre se imagina que, quem o persegue está mais próximo e caminha mais rápido do que ele possa fugir, e a cada dia parece ouvir mais alto o barulho de seus passos, e isso o assusta.
A distância da família, a impossibilidade de saber se um dia poderá revê-los e a dor no peito fazem com que Leon Magno use o trabalho como válvula de escape para não tenha muito tempo para pensar. O excesso de trabalho com os problemas elétricos, hidráulicos e estruturais da academia, mais os novos e carinhosos amigos que faz, amenizam sua dor.
Mas, e quando não se tem tudo isso? Quando quem foge de pessoas, por causa da justiça, ou foge de si mesmo, e não tem esses artifícios para se ocupar? Então pode cair em desespero e aparecer a terrível “depressão”, que leva algumas pessoas a atentarem contra a própria vida e por isso mesmo é chamada de “A doença da Alma”. Nesses momentos, o grande conforto é justamente a presença da família, e se não se tem a família, os amigos são os parentes mais próximos com quem se pode contar.
Existem pessoas que preferem viver isolados, mas são casos raros, a regra geral é viver em sociedade, e isso faz parte da vida humana, desde os tempos mais remotos até os dias atuais. Por isso precisamos ser menos ansiosos, rir de piadas sem graça, dar atenção a alguém que conta um fato pela terceira ou quarta vez, parar para escutar um amigo que só quer falar, e ouvir, ouvir sempre. Costuma se dizer que “temos dois ouvidos e apenas uma boca por motivos óbvios”, precisamos ouvir mais do que falar.
A depressão é uma doença, e isso é um fato, e deve ser tratada como tal, mas é possível passar por ela com menos dor e dificuldade, através de tratamento com psicólogos e psiquiatras, e com apoio da família, amigos e principalmente da igreja, seja através de um padre ou um pastor, que possa fazer um acompanhamento espiritual. E lembrando sempre que “Tudo poder mudado pela força da oração”, e Deus está sempre ao alcance de nossa mão.
Para conhecer mais sobre essa história, adquira e leia o livro – “LEON MAGNO Onde a lei não alcança” – autor – Antonio Ribas (Ed Viseu 2019).
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