Essa foi a declaração do presidente eleito Lula da Silva sobre o efeito de sua fala no exterior, mais especificamente no Egito, onde participava da COP27, a conferência mundial sobre o clima. Na sua fala, Lula usa o mesmo formato mas não as mesmas palavras de 30 anos atrás, quando dizia que “No Brasil temos 25 milhões de crianças de rua” e depois ao ser cobrado por Jaime Lerner que o acompanhava, que se “Tivéssemos 25 milhões de crianças nas ruas, ninguém poderia andar pelas cidades”. Lula respondeu dizendo que ele podia falar qualquer coisa que os franceses acreditavam e o aplaudiam.
Parece que 30 anos depois, os franceses continuam acreditando no Lula da Silva e o aplaudindo, aliás, eles não acreditam, mas querem que ele pense assim. O interesse dos globalistas dos quais o presidente da França Emmanuel Macron é o grande porta-voz, não é no que Lula diz, mas na figura que ele representa, um presidente de um país que é o mais rico do planeta em água, biodiversidade, florestas e energia, e que está disposto a vender esse país em troca não de dinheiro, mas de apoio a um poder com prazo indeterminado.
Lembremos que os poderosos do mundo sempre criaram motivos para que pudessem nunca deixar o poder, usando aqueles que poderiam ser uma espécie de trampolim para os alçar sempre mais alto. Ao aplaudirem o presidente eleito do Brasil, eles “chegam terra” na sua fala e dão aos seus apoiadores a ideia de que o mundo está junto com Lula da Silva e contra o governo Bolsonaro, ainda que esse governo tenha recuperado a economia brasileira, melhorado todos os índices econômicos, como aumento do PIB, queda da inflação e do desemprego entre outros. Mas para os globalistas isso tem pouca importância, e quando recebem calorosamente o ditador da Venezuela Nocolás Maduro mostram ao mundo civilizado que o povo está abaixo da sola de seus sapatos no grau de importância de suas pautas.
Para eles, qualquer pseudo líder que fale sobre recuperação da Amazônia, controle da emissão de CO2 e a diminuição da poluição dos oceanos os levará ao delírio, o poderão fazer desse líder um ícone a ser admirado, desde que isso sirva a seus propósitos.
Mas voltemos às falas do presidente eleito. Não se sabe se ele está “dilmando” por conta própria ou por conselho de seus assessores, mas ele está falando tanta besteira que pode ser “impichado” logo que assumir o cargo para o qual foi eleito. Com essas falas, ele promove o aumento do risco Brasil que aumenta a dificuldade para empresas brasileiras tomarem empréstimo no exterior, com juros mais altos, entre outros obstáculos que pode atrapalhar a vida dos brasileiros, só para exemplificar. E os investidores fugirão do país e levarão suas reservas, pois jamais ficam num país onde as regras não são claras e o governo não respeita a tal coisa pública, e pos isso mesmo é comum levarem os investimentos para os Estados Unidos com a simples compra de dólares, pois apesar de um governo fraco atual, as regras econômicas são claras e não se muda com uma simples "canetada".
Sabemos que para se aumentar o emprego, existe uma cadeia que deve ser analisada e respeitada. O consumidor animado com a economia passa a comprar mais, o empresário que vende mais também compra mais da indústria e contrata mais mão de obra, a indústria precisando aumentar sua produção toma a mesma atitude, e esse círculo virtuoso continua. Mas a indústria precisa de recursos para aumentar a produção para melhorar seu parque de máquinas, etc.
Então, com essas atitudes, aumento de juros e de impostos, teremos com certeza, mais demissões, quebra de empresas, fuga de capital para o exterior, menos oferta de empréstimo aos empresários e às pessoas físicas, diminuição do poder de compra do cidadão brasileiro, ou seja, o presidente eleito vai fazer em menos de 6 meses, o que levou 8 anos de seu mandato mais 6 anos da Dilma, vai quebrar as estatais, entre elas a Petrobras para exemplificar. Essa eleição trará ao Brasil uma praga que poderia ser considerada com a 11.a praga do Egito, parafraseando o texto bíblico.
Então, sim, a bolsa de valores vai cair e o dólar vai subir porque o capital não é covarde como dizem alguns, ele apenas tem um lado, o seu próprio. E o Lula da Silva pede ao povo, paciência, mas esse pedido não será atendido. Além disso, esse governo terá que ver as ruas cheias de manifestantes que estarão diariamente mostrando ao mundo, o caos que estaremos passando. Que atitudes tomará? Não sabemos, porém as ameaças que fizeram antes das eleições poderão ser cumpridas, censura da imprensa, prisão ou exílio de opositores, etc. A essas ações damos um nome, mas que não vou pronunciar nessa coluna.
E vão aumentar os preços do pãozinho, açúcar, óleo de soja, do arroz e do feijão etc., pois dólar alto aumenta combustível que aumenta o transporte, mais aumento de impostos faz tudo aumentar de preço. Os exemplos dos vizinhos não foram suficientes, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia e Bolívia já vivem essa situação e nos avisaram também, mas o sistema quer outra coisa.
O Brasil hoje é um barco à deriva, onde o valoroso capitão foi deposto e quem assumirá o leme já o fez no passado, e o levou para águas sombrias e turbuentas. Que Deus nos ajude, já que não podemos pedir socorro a mais ninguém, pois parece que o parlamento e o judiciário escolheram seu lado nessa disputa, o que lhes é mais viável. Oremos.
Antonio Ribas
Escritor
Autor do romance policial - LEON MAGNO Onde a lei não alcança.