Armas? A coisa séria.

A FICÇÃO – Cap. XI

“Em sua estadia em Curitiba, Leon Magno fez poucas amizades, e uma delas foi com o taxista Adolfo Raiter, que tinha um hobby pouco comum, ele era praticante de tiro esportivo num clube da cidade. Leon trabalhava no Lava Car ao lado de um Posto de Combustíveis e acabou conhecendo esse cidadão.

Assim que ficaram amigos, Adolfo convidou Leon para conhecer o clube e fazer algumas aulas. Como era indicado por um sócio, ninguém fez perguntas a Leon, e ele começou a praticar. Ele nunca tinha pegado em armas antes, mas alguns meses depois,  já estava tão bem que foi convidado para participar de um torneio de tiro.

Foi nessa hora que ele caiu na real e resolveu abandonar o clube, o amigo e o trabalho. Como o torneio seria público e com muitos competidores, teria que se mostrar e o receio de ser reconhecido veio à tona. Então ele toma uma decisão séria e definitiva. Era hora de voltar a São Paulo e tentar retomar sua vida. Ainda não sabia como, só que faria.”



A REALIDADE

No Brasil de hoje vivemos uma situação complicada em relação às armas. A legislação atual permite a compra e posse de armas, com regras rígidas na aquisição, para que o cidadão de bem tenha como se defender. No entanto, o mercado do crime, facilita a compra e venda por meios ilícitos, fazendo com que os criminosos tenham acesso fácil e bastando apenas pagar para ficar armado.

Sendo assim, o cidadão comum, conta apenas com a proteção do estado para defender a si, sua família e seus bens. Mas é pouco, e por isso mesmo, vemos tantos assaltos acontecendo já que o marginal sabe que sua vítima na maioria das vezes está desarmada, ou no máximo tem uma faca de cozinha ou um pedaço de pau em sua defesa.

A aquisição de armas com mais facilidade e com menos burocracia, é apenas para proprietários rurais e para o grupo conhecido como CAC – caçadores, atiradores e colecionadores. Ainda assim, eles precisam obedecer as regras normais, como, não ter antecedentes criminais, não usar drogas ilícitas, passar por avaliação psicológica, ter mais de 25 anos de idade, entre outras.

Só quem tem maturidade e controle emocional maduro, pode ter a posse e o porte de armas, já que arma é coisa muito séria. A defesa de si e da família é citado no CIC – Catecismo da Igreja Católica.

Art.. 2263 - A LEGÍTIMA DEFESA - A legítima defesa das pessoas e das sociedades não é uma exceção à proibição de matar o inocente, que constitui o homicídio voluntário.
“A ação de defender-se pode acarretar um duplo efeito: um é a conservação da própria vida, o outro é a morte do agressor. Só se quer o primeiro; o outro, não.”

O que precisamos mesmo é de leis mais rígidas e punição adequada aos bandidos para que esses tenham medo da Polícia e respeito com a Justiça. O dia em que isso acontecer, as armas poderão servir apenas para práticas esportivas e para se mostrar aos amigos.

No entanto, a liberdade de poder possuir uma arma, deve estar acima da minha ou da sua vontade de possuir. Se eu não quero, essa a minha vontade, mas devo lutar para que o outro tenha o direito de ter. O nome para isso é DEMOCRACIA.


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