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Geração Z reavalia o significado da liderança na carreira

Jovens profissionais demonstram desinteresse em ocupar esses cargos, apontando para a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional

24/05/2024 15h17
Por: Redação Fonte: Das assessorias
Reprodução/iStock
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A ascensão à liderança costumava ser um marco almejado por muitos profissionais como símbolo de sucesso e reconhecimento. No entanto, uma mudança de paradigma tem sido observada, principalmente entre os integrantes da Geração Z, nascidos entre meados de 1995 e início de 2010. 

Para esses jovens, ocupar cargos de liderança não é mais tão atrativo como era para as gerações anteriores. Um levantamento feito pela plataforma CoderPad revela que cerca de 36% dos profissionais do setor de tecnologia não desejam subir posições na hierarquia da empresa.

Um dos possíveis motivos para esse desinteresse é a percepção de que os benefícios não superam os desafios. Ou seja, após uma análise de custo-benefício, entende-se que a carga horária maior, os níveis de estresse, pressão e cobrança inerentes à liderança não compensam os retornos financeiros e profissionais alcançados. 

Outro fator que pode contribuir para esse cenário é a solidão que muitas vezes acompanha essa posição. Quem está à frente de uma equipe torna-se referência, precisa manter bons relacionamentos, tanto com o time quanto com superiores, e ainda atender às expectativas da chefia direta. Esse equilíbrio delicado não é simples de administrar, o que pode afastar os jovens dessa responsabilidade. 

Além disso, as tarefas e responsabilidades da liderança, especialmente em níveis iniciais e intermediários, como coordenação e gerência, são vistas como desafiadoras. Isso porque lidar com atritos entre colaboradores, problemas operacionais e a pressão por resultados demanda habilidades específicas e tempo, o que pode afastar jovens que preferem se dedicar a tarefas mais técnicas e especializadas. 

Do ponto de vista das organizações, compreender essa mudança de mentalidade da Geração Z em relação à liderança é essencial para tornar essa jornada mais atraente, principalmente nos cargos iniciais. 

Nesse sentido, algumas possibilidades como proporcionar rotação entre diferentes áreas, funções técnicas e gerenciais podem ser uma estratégia eficaz para engajar os jovens em momentos diferentes da carreira, evitando a escolha precoce entre especialização e liderança. Além disso, é importante ressaltar que a geração Z possui um perfil que exige a garantia de direitos trabalhistas e benefícios, como cartão vale-refeição, day-off, entre outros.

Para os jovens profissionais, a dica é experimentar diferentes papeis, inclusive os de liderança, para reconhecer habilidades e preferências. Os aprendizados e o autoconhecimento adquiridos serão fundamentais para escolhas mais assertivas e satisfatórias no futuro, além de proporcionar um crescimento pessoal e profissional enriquecedor.

Além disso, desenvolver habilidades de comunicação, trabalho em equipe e resolução de problemas são fundamentais para qualquer profissional em qualquer que seja o momento da carreira.

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