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Youtuber é investigado por ameaça e exposição de criança em vídeos com milhões de visualizações

Autoridades apuram vídeos publicados por criador de conteúdo que podem ter violado os direitos de uma criança de 11 anos, além de envolver possíveis ameaças

28/06/2025 01h16
Por: Assessoria de Imprensa
Youtuber é investigado por ameaça e exposição de criança em vídeos com milhões de visualizações

A Polícia Civil investiga um youtuber após a divulgação de vídeos considerados abusivos, que teriam exposto uma menina sem o consentimento de seus responsáveis. A jovem, hoje com 18 anos, afirma que teve sua identidade revelada quando ainda era criança, em conteúdos que circularam amplamente na internet e continuam impactando sua vida até hoje.

 

Segundo o boletim de ocorrência, os vídeos foram publicados durante uma live beneficente promovida pelo influenciador Felipe Neto. Neles, a criança teve seu nome de usuário, foto e mensagens privadas divulgadas publicamente. Ao tentar pedir a remoção do conteúdo, a jovem afirma ter sido manipulada a dar uma espécie de entrevista e, em seguida, ameaçada com a possibilidade de novos vídeos explorando seu sofrimento emocional.

 

Ela relata que o conteúdo também foi replicado em outras redes como Twitter, Facebook e Dailymotion, aumentando ainda mais a exposição. “Eu só queria ajudar numa causa nobre. Era só uma criança. Isso me marcou profundamente”, afirmou.

 

A investigação também analisa se houve monetização dos vídeos, o que pode configurar violação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além de outros crimes como ameaça, calúnia e difamação.

 

Repercussão e medidas

 

O caso foi levado às plataformas digitais, com pedidos formais de remoção dos conteúdos e suspensão do canal envolvido por descumprimento das diretrizes e políticas de uso. A polícia também apura outras denúncias relacionadas ao mesmo criador de conteúdo, com base em registros anteriores e novas provas, como prints, vídeos e interações online.

 

Especialistas em direito digital e proteção da infância alertam que, caso confirmadas as acusações, o autor poderá ser responsabilizado legalmente.

 

O YouTube declarou, em nota, que não tolera a exposição de menores e que está analisando o caso com prioridade.

 

O criador dos vídeos investigados foi identificado no inquérito como Rogério Zerbien Cardoso Betin.

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