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Bispo de PG encontra religiosa que trabalha na CNBB em Brasília

Irmã Flávia Gonçalves é nascida em Tibagi e, atualmente, trabalha na CNBB

18/04/2024 16h32
Por: Redação Fonte: Diocese de Ponta Grossa
Divulgação
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E durante a 61ª Assembleia dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP), reservou um encontro inusitado a Dom Sergio Arthur Braschi. O bispo encontrou a Irmã Flávia Luiza Gonçalves, que é nascida em Tibagi e trabalha em Brasília, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. A religiosa pertence à Companhia das Discípulas do Divino Pastor e é mais uma nossa diocesana servindo à Igreja no Brasil.

Desde 27 de fevereiro, as irmãs da congregação fazem uma experiência de trabalho junto à CNBB e à Casa Dom Luciano de Almeida, na Asa Norte, em Brasília. O grupo de religiosas foi acolhido pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência, Dom Ricardo Hoepers. Na comitiva, também estiveram presentes a madre superiora da congregação, Joceni Braga dos Santos, e o padre fundador da companhia, Reinaldo Braga Júnior, que também exerce o serviço de secretário-executivo do Regional Oeste 2 da CNBB.  A companhia tem como carisma o cuidado pastoral de todas as pessoas, da criação e de si mesmas, a serviço da Igreja em diferentes realidades.

Irmã Flávia conta que nasceu e vivia no interior de Tibagi, no Distrito de Caetano Mendes. Lembra que sempre que chegava para a missa, a primeira coisa que fazia era cumprimentar o padre, ganhar um beijo, um abraço. Na época, padre Casemiro Oliszeski atendia a capela. “Era o xodó dele. Fez muita falta isso quando fui de mudança para o Mato Grosso. Lá, o padre ia somente uma vez por mês na comunidade e isso, mesmo sendo muito criança, não entendendo muito, não tendo catequese ainda, me deixava triste. Sentia falta”, destaca a religiosa.

Ainda criança, Flávia foi morar no Mato Grosso, em uma fazenda. Quando atingiu a idade escolar, se mudou para a cidade, Nova Mutum. Em 2005, a congregação iniciou os trabalhos pastorais na paróquia que frequentava. “Eu era catequista e por isso passei a conviver com as religiosas bem de perto e, dessa convivência, com o trabalho diário, comecei a gostar do modo como as religiosas viviam. Mas, eu não pensava em entrar para a vida consagrada. Foi algo que veio bem depois. Tinha outras ideias para o futuro, outros propósitos. Mas, Deus foi me cativando através do testemunho das irmãs. E, assim, iniciei minha caminhada de discernimento vocacional e de acompanhamento junto a companhia das irmãs. Na época, o padre Reinaldo veio para ser pároco na minha comunidade e a convivência com ele, no trabalho, na direção espiritual e de discernimento vocacional, eu consegui aos poucos ir dando passos de me desvencilhar do mundo e me entregar a Deus”, rememora.

O fato de a congregação ter um carisma ligado à pastoral a atraiu ainda mais para o trabalho da vida consagrada, cita, “já que sempre atuei nessa área e pretendo seguir até o final”, destaca, comentando que o encontro com Dom Sergio foi muito feliz. “O conhecia de vista e pelas redes. Estive em Tibagi e em Ponta Grossa como religiosa, visitando padre amigos, mas a participação na Assembleia foi um momento ímpar na minha vida, de muito aprendizado. Estar com os bispos, trabalhar com eles, é sempre uma nova faculdade que a gente faz. Uma alegria poder servir a Igreja do Brasil junto à sede da CNBB. Faz um pouco mais de um mês que estou trabalhando e fui convidada para participar da Assembleia Geral. Foi uma alegria encontrar o bispo e rever pessoas ligadas a minhas raízes. É uma bênção poder compartilhar com a Diocese minha história vocacional”, afirma Irmã Flávia.

A música sempre fez parte da vida da religiosa, desde criança. “Com oito anos tive a graça de poder participar de uma escola de violão e aprender a tocar. Aprimorei isso no convento. É um dom que sempre coloquei em serviço, em especial nas paróquias por onde passei, nas atividades junto às comunidades, na Santa Missa...Foi o primeiro dom que coloquei a serviço, quando não tinha muito para dar, não tinha capacidade, não tinha formação religiosa. O meu serviço foi na música e foi ali que interagi com Dom Sergio. Nos primeiros dias da Assembleia, quando se reuniram para o forró dos bispos, Dom Sergio, que gosta de cantar, estava cantando conosco. Pude interagir com ele e os bispos”, acrescenta.

“É um momento muito especial também por estar em Aparecida. Minha vocação tem a ver com a devoção a Nossa Senhora. Estar aqui no santuário, participar das missas, poder contribuir de alguma forma nas celebrações, é uma alegria e um mimo de Deus, uma graça que Deus tem me dado de forma tão carinhosa, porque Nossa Senhora Aparecida na minha história e na história da minha família tem uma grande participação, no sentido de devoção, de proteção e de gratidão a Deus por tudo o que Ele nos dá”, emociona-se Irmã Flávia.

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