Condições climáticas favoráveis têm contribuído para a colheita da cevada nas áreas abrangidas pela cooperativa Capal nos estados do Paraná e São Paulo. Os primeiros grãos começaram a ser colhidos no início de setembro e, até a última quarta-feira (27), 80% da área já havia sido colhida. O número deve aumentar para 90% até a metade do mês de outubro.
O plantio da cevada começou em abril, uma das primeiras culturas de inverno. Na safra deste ano, a área plantada foi de 11,3 mil hectares, o que representa o dobro se comparado à safra de inverno de 2022. A expectativa é crescer em área a cada ano, buscando assim atender a demanda para o projeto da Maltaria Campos Gerais.
A produção do grão está concentrada na região Sul, sendo o Paraná o maior produtor de cevada, com cerca de 60% da produção nacional, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral). Além do Paraná, a produção ganhou força nas áreas da Capal em São Paulo.
O Coordenador Regional de Assistência Técnica Agrícola (DAT) da Capal, Roberto Martins, destaca as melhorias deste ano em comparação com a safra do ano passado. “Temos parâmetros a serem comparados. A área plantada, por exemplo, foi bem maior que a anterior e a produtividade nós vamos manter para melhor. Tivemos ainda maior adesão dos produtores que entraram com cevada neste ano. São Paulo teve um aumento significativo, uma área bastante promissora para a cultura da cevada”, aponta.
O Diretor Comercial da Capal, Eliel Magalhães, comenta sobre a escolha dos produtores iniciarem o plantio com a cevada e depois com o trigo. “Os produtores escolheram a cevada como início do plantio e isso ajudou bastante até pela questão operacional. Isso também é preponderante para o nosso projeto da Maltaria”.
Mas, apesar das decisões assertivas, Eliel ressalta que é preciso cautela por parte dos produtores. “O que temos percebido é que nas primeiras áreas colhidas de cevada já tivemos uma produção interessante. Alguns produtores que plantaram pela primeira vez estão entusiasmados com a produtividade, mas é importante ter muito ‘pé no chão’ nessa hora”, diz o diretor.
De acordo com ele, alguns produtores associados iniciaram o projeto da cevada junto à cooperativa há mais de seis anos e experimentaram a longo prazo todas as variáveis da cevada, além de diferentes condições climáticas como geada, seca e chuva na colheita.
“E neste ano, para quem está colhendo pela primeira vez, está tendo bons resultados, mas é preciso tomar muito cuidado, pois a cevada não vem para concorrer com o trigo, ela vem como uma rotação de cultura de inverno. Alguns produtores querem apenas plantar cevada na próxima safra e não querem mais plantar trigo, dado o problema que estamos sentindo agora na comercialização de trigo. Mas isso não é referência do que pode acontecer na próxima safra”.
Eliel aponta que daqui até a próxima safra muitas questões podem mudar e que seguir o posicionamento técnico é essencial sempre na hora da definição de qual cultura será implantada.
“Mesmo que os produtores estejam tendo felicidade em pegar um ano sem grandes problemas climáticos, é preciso amadurecer na questão de cultivo. Nós temos um compromisso com a Maltaria e a nossa proposta é de cumprir. Acreditamos em um crescimento para o próximo ano, lembrando que estamos bem próximos da nossa meta”, acrescenta Eliel.
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