A capacidade de lidar com as adversidades e se aprimorar na atividade leiteira sempre foi norteadora da família Carvalho, que reside na comunidade de Nova Roma, em São Miguel do Iguaçu, Oeste do Paraná.
Celso Carvalho, o patriarca da família, chegou ao Estado em 1969, iniciando a atividade com as vacas de leite e, posteriormente, vendendo o queijo produzido por sua esposa, Maria Cardoso Carvalho. A tradição se perpetuou pelas gerações e os queijos artesanais da família Carvalho ganharam notoriedade.
Da produção inicial de cinco a seis peças por dia, hoje a família faz cerca de 110 kg de queijos diariamente, e 90% dos 1.000 litros de leite utilizados são das vacas leiteiras da propriedade.
Estes anos de dedicação e desenvolvimento renderam reconhecimento estadual. Em agosto, a agroindústria recebeu três medalhas no Prêmio Queijos do Paraná. A premiação é organizada pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Sistema Faep/Senar-PR), IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), Sebrae-PR e Sindileite-PR.
A Queijos Carvalho enviou cinco amostras do queijo tipo “Primo Parma”, de receita desenvolvida na agroindústria de São Miguel, e conquistou, na categoria maturação de 150 dias, medalhas de prata e bronze. Na categoria maturação de 120 dias, também recebeu medalha de bronze. No concurso, foram avaliados 297 queijos; 30 conquistaram medalhas de ouro, outros 30 de prata e 28 de bronze.
De acordo com Airton Carvalho, filho de Celso e responsável pela queijaria junto com a esposa, Rosangela, o incentivo do pai nas atividades e a vontade de agregar valor aos produtos fizeram com que a empresa familiar fosse destaque e hoje pudesse buscar novos mercados. “Nós temos uma história de sempre viver no interior e o pai é um grande incentivador da atividade. Quando eu era adolescente, lembro dele saindo de bicicleta vender os queijos. Com o tempo, aprendemos a valorizar o nosso produto, ainda estamos assimilando essa conquista e ficamos surpresos. O reconhecimento nos deu firmeza para explorar o mercado e colocar esse queijo ganhador como principal produto, assim como o queijo colonial que é bastante conhecido na região”, reforçou.
Cooperação para crescer
A intenção em participar do concurso estadual partiu da vontade de se profissionalizar cada vez mais na atividade. Há cerca de sete anos, a agroindústria foi reconhecida em um concurso regional e passou a receber assistência técnica desenvolvida pela Emater. A parceria se reforçou e foi o momento em que a Cresol pôde auxiliar os cooperados na ampliação da fábrica e profissionalização dos produtos.
“Essa propriedade é conhecida na região e era atendida com assistência técnica, momento em que fizemos uma visita e, em uma conversa com o Airton e seus familiares, foi identificado o interesse de montar essa estrutura. Durante a elaboração do projeto, foi possível perceber essa necessidade de acesso ao crédito de repasse via BNDES para esse produtor. Com o tempo, a queijaria se desenvolveu também em parceria com a Secretaria de Agricultura, aperfeiçoou processos e, para nós, é motivo de orgulho saber que a agroindústria ganhou três prêmios estaduais e que a cooperativa participou da construção desse sonho”, enfatiza o presidente da Cresol Conexão, Adenilson Zanelatto.
A gerente Joyce Wagner lembra do apoio consultivo da Cresol, que ajuda a identificar as melhores soluções para os cooperados. “É uma alegria receber essa notícia, pois a cooperativa atua com consultoria financeira, direcionando os cooperados aos créditos que sejam mais assertivos às necessidades e valorizando a atividade, nesse caso a agricultura familiar. É uma emoção muito grande ver essas gerações reunidas nesse trabalho que resultou nas premiações e o reconhecimento dos cooperados e do município de São Miguel do Iguaçu”, destaca Joyce.
Para Airton Carvalho, o apoio da Cresol durante o processo foi de extrema importância para concretização do sonho e desenvolvimento da agroindústria. “Quem trabalha na agricultura lida com desafios e surpresas todos os anos. Nós aqui sabemos onde queremos chegar e precisamos de parceiros fortes que compreendam a nossa história. Nós somos cooperados há sete anos e, quando tivemos dúvidas em encarar ou não o desafio, contamos com o apoio da Cresol para colocar em prática o desenvolvimento da queijaria”, afirma o cooperado.
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