Se você foi atraído pelo título e ainda se pergunta qual é a melhor opção para o seu bolso, esse texto é para você.
Segundo o balanço do primeiro trimestre de 2023, publicado em maio pela Abecs - Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, os pagamentos com cartões de crédito cresceram, aproximadamente, 12,7%.
A prática de parcelamento é extremamente comum no Brasil, especialmente para itens que são mais caros, como por exemplo uma televisão, micro-ondas ou até mesmo um celular.
Mas nem sempre o parcelamento é a melhor opção.
Antes de tomar qualquer decisão, vale a pena analisar os seguintes fatores:
§ Valor da Compra
Sem dúvidas essa é uma informação essencial para considerar, pois se o valor estiver fora do seu orçamento você não terá nem a possibilidade de pagar a vida.
§ Descontos na Operação
Se o pagamento for à vista, é comum que o estabelecimento ofereça um certo desconto, em dinheiro, transferência ou até mesmo PIX. Então, vale analisar se o desconto é maior que deixar seu dinheiro investido e trazendo rendimentos.
§ Despesas Financeiras
Confirme se há incidência de juros no parcelamento. Se a taxa for muito alta, a decisão precisa ser ponderada, uma vez que você pode não conseguir honrar as parcelas e os juros iriam se acumular até virar uma bola de neve cada vez maior.
Vamos analisar um caso?
Imagine uma compra de um computador no valor de 3.000 reais com 10% de desconto para o pagamento à vista, o que resulta em 2.7000 reais.
Já um pagamento em 10 prestações equivale a 10 parcelas de 300 reais.
Ou seja, o montante de 3.000 reais, na verdade, corresponde aos 2.700 reais — acrescido de 300 reais de juros durante um período de 10 meses.
Logo, basicamente falando, só seria interessante parcelar, e pagar as prestações mensais de 300 reais por dez meses, se o recurso de 3.000 reais fosse aplicado em um produto de investimento que gerasse mais de 300 reais no período.
Um planejamento financeiro estruturado é uma ferramenta importante no cotidiano de quem deseja tomar decisões inteligentes em relação a dinheiro, tornando-se base para garantir um controle saudável dos recursos.
Existem diversas maneiras de se controlar financeiramente, como a utilização de planilhas e aplicativos específicos para isso.
De qualquer maneira, é essencial relacionar todas as rendas disponíveis, as despesas fixas e variáveis e quais as metas e objetivos para seu dinheiro.
*Harion Camargo é Técnico em Gestão Logística. Bacharel em Comércio Internacional e pós graduado em Engenharia Financeira (FIA-SP). Possui curso intensivo em Business Supplementary pela Kaplan (Canadá) e estudou Economia Aplicada no MBA pela Fipe-SP. Mestrando em Administração com linha de pesquisa em finanças pelo Mackenzie.
Atuou em cinco diferentes áreas no Banco Bradesco, finalizando suas atividades na Mesa de Trading FX. Posteriormente, no Itaú Unibanco, assumiu uma carteira de clientes expatriados, na área de Investment Advisory, onde atuava diretamente no Asset Allocation dos clientes estrangeiros.
Foi responsável pela área comercial na gestora Valora Investimentos, e teve uma passagem como sócio de Institutional Sales na Quasar Asset Management em 2021. Foi Associado na área de DCM da Integral Investimentos e atualmente toca Originação e Distribuição no mercado de capitais do Banco Mercantil.
Possui as certificações: CFP, CFA Investment Foundations, Cambridge, CEA, CPA-20, CPA-10, PQO, FBB-100 e CA-300. Ministra diversas palestras em universidades sobre temas ligados a finanças pessoais e mercado financeiro.