A Inteligência Artificial (IA) representa um passo importante na evolução da tecnologia. E a jornada tem história: a procura por ela começou desde que o matemático e decifrador britânico Alan Turing vislumbrou um caminho claro em seu inovador artigo “Computer Machinery and Intelligence”.
A maior parte da IA que vemos hoje é inteligência artificial estreita (ANI), ou seja, é aquela que pode executar uma tarefa estritamente definida. Se forem consideradas as tecnologias baseadas em casa, como a Siri da Apple e a Alexa da Amazon, é evidente que esses sistemas podem processar comandos humanos básicos e perguntas. Isso pode ser feito usando a programação neurolinguística e, em seguida, com a geração automática de texto para fornecer respostas diretas ou executar comandos, como acender e apagar as luzes. Porém, essa tecnologia não pode pensar ou raciocinar por si mesma, nem pode ter uma inteligência para conversar com um homólogo humano.
Por outro lado, a IA forte, que pode executar pensamentos inteligentes, tarefas e melhorar a si mesmo, não é algo tão futurístico assim. Essas tarefas vão desde aprender, planejar e comunicar-se bem em linguagem natural, até fazer piadas e se reprogramar.
Um relatório de 2018 do Future of Humanity Institute de Oxford aponta “uma chance de 50% de a IA superar os humanos em todas as tarefas em 45 anos e de automatizar todos os trabalhos humanos em 120 anos”. Todavia, a IA trará, também, muitas oportunidades para a criação de novos empregos.
Como muitos especialistas apontaram, um dos grandes valores da IA é o seu potencial para acabar com a necessidade de fazer tarefas tediosas e repetitivas. O McKinsey Global Institute estima que, apenas no setor manufatureiro, as tecnologias emergentes que usam IAM (gerenciamento de identidade e acesso) até 2025 adicionarão até US$ 3,7 trilhões em valor. A PwC calcula “que a IA poderá contribuir com até US$ 15,7 trilhões para a economia global em 2030, mais do que a produção atual da China e da Índia juntas”, e é provável que US$ 9,1 trilhões venham de efeitos colaterais do consumo.
A IA avançou significativamente nos últimos anos devido a uma série de fatores, começando com um aumento exponencial na computação disponível. Um modelo de IA que antes levava semanas para ser treinado, agora leva dias, ou mesmo horas. Com ela, se melhora a eficiência e a precisão dos processos, além de automatizar tarefas e aumentar a produtividade. A inteligência artificial está avançando rapidamente para, em muito breve, estar em tudo. E é só o começo.
Por Alexsandro Brum, CEO na KIE-TEC, diretor de Alianças da DATAKIE, Equity Investor pela EqSeed e associado da Assespro-PR/Acate