O governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou nesta sexta-feira (25) os avanços alcançados pelo Paraná em setores estratégicos para o crescimento do Estado, como infraestrutura, economia e desenvolvimento urbano. Ele participou do painel “A experiência do Paraná em inovação e melhoria do ambiente de negócios”, um encontro com lideranças empresariais e gestores públicos na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), na capital fluminense.
Ratinho Junior destacou o salto do Produto Interno Bruto (PIB) paranaense, que reúne todas as riquezas produzidas no Estado. “Hoje somos a quarta maior economia do Brasil, o quinto estado mais populoso e o terceiro maior polo industrial do País, com os setores de comércio e serviços historicamente muito fortes. Nós conseguimos dar um salto em várias áreas, mudando a lógica da gestão pública. Algo que o setor privado já pratica há muito tempo, mas que ainda é pouco comum no setor público: a cultura do planejamento”, afirmou o governador.
“Muitos gestores pensam apenas nos seus quatro anos de mandato. Nós não. Buscamos aprender com os asiáticos, que planejam para os próximos 50 ou até 100 anos, assim como os europeus e norte-americanos. Entendo que a nossa responsabilidade é justamente mudar isso, criar uma cultura de planejamento de médio e longo prazo para os estados, municípios e para o País”, acrescentou.
“O problema do Brasil não é dinheiro, mas sim falta de planejamento. O País tem que ser destravado. O nosso setor empresarial é muito forte, corajoso e competente, então se você destravar e desburocratizar, pode ter certeza que o País deslancha e vamos disputar em crescimento com países como Índia, China, estando entre as maiores economias do mundo”, afirmou Ratinho Junior. “É o que temos feito no Paraná, garantindo um crescimento forte e sustentável.”
No período de 10 anos, entre 2014 e 2024, o PIB do Paraná mais que dobrou, passando de R$ 348 bilhões para R$ 718,9 bilhões, sendo que o avanço maior iniciou em 2019, crescendo em média R$ 50 bilhões por ano desde então. Esse crescimento fez com que o Paraná ultrapassasse o Rio Grande do Sul, consolidando-se como 4ª maior economia do País.
Somente em 2025, os números indicam um cenário ainda melhor. De janeiro a março, o valor total do PIB do Estado foi de R$ 210,9 bilhões, segundo o IBGE, crescimento de 5% no período e quase o dobro da média nacional, de 2,8%. O valor corresponde a 60% de todas as riquezas produzidas em 2014, por exemplo. A economia paranaense cresce mais, inclusive, que grandes economias do mundo, como Estados Unidos (2,1%), França (0,3%) e Alemanha (-0,2%), no mesmo recorte.
O bom cenário econômico do Estado também é reconhecido pelo Banco Central, que indica o Paraná com o maior crescimento da atividade econômica do Brasil nos primeiros cinco meses de 2025, com 6,9% . O resultado é o dobro do País, com média de 3,4%, e acima de estados mais populosos e com economias fortes, como São Paulo (2,3%) e Minas Gerais (3%).
“Nós voltamos o olhar para aquilo que é a nossa vocação: a produção de alimentos. O Brasil já é muito forte nisso, mas nós fomos além. Em vez de apenas exportar grãos, passamos a industrializar e a agregar valor. Hoje o Paraná é o ‘supermercado do mundo’. Construímos toda uma cadeia produtiva que nos consolidou como a terceira força industrial do Brasil”, comentou o governador.
INVESTIMENTOS– Com o bom momento econômico do Estado, grandes obras aguardadas pelos paranaenses estão saindo do papel, como a Ponte de Guaratuba, com 65% da estrutura concluída e que terá investimento total de R$ 386,9 milhões. Aguardada há mais de 40 anos, a ponte ligará, de forma definitiva, o Litoral do Estado.
Na última semana, Ratinho Junior entregou o terceiro e último lote da restauração em concreto da PRC-280 , concluindo mais de 140 quilômetros entre General Carneiro e Pato Branco, importante corredor logístico para escoamento da produção do Sudoeste do Paraná até Curitiba e o Porto de Paranaguá. O investimento total na restauração foi de R$ 500 milhões.
Esta era considerada a pior rodovia do Estado e serviu como modelo para uma nova forma de pavimentação no País com a técnica whitetopping, que utiliza como base o asfalto para a camada de concreto. Isso garante o dobro de vida útil na comparação entre os dois modelos, passando de 10 anos para 20 anos.
Além disso, estão em construção 11 maternidades espalhadas pelo Estado ; investimentos superiores à R$ 2,5 bilhões em habitação dentro do programa Casa Fácil Paraná em diversas modalidades, entre elas a de subsídio de R$ 80 mil para idosos; pavimentação de toda a área urbana de mais de 370 municípios, com galeria pluvial, calçamento e iluminação pública em LED; entre outros programas que tem feito a diferença na vida dos paranaenses.
Em paralelo, o setor privado investiu no Paraná nos últimos seis anos e meio mais de R$ 300 bilhões. São empresas de diversos segmentos como a Klabin (papel e celulose); Volkswagen, Volvo e Renault (automotivo); Tirol e JBS (alimentício); além de cooperativas como Agrária, C.Vale, Coamo, Frimesa e Lar que viram no Estado o potencial para aumentarem seus negócios.
“O que nós fizemos no Paraná foi levar paz política, dar condições para quem quer empreender e não incomodar o setor produtivo. Quando você cria um ambiente como esse, naturalmente quando alguém vai investir no Brasil e começa a olhar o País, ele vai analisar onde tem um bom ambiente para investir. É por isso que o Paraná está indo tão bem”, explicou o governador.
Como incentivo para atração de investimentos, Ratinho Junior citou programas de incentivos fiscais, como o Paraná Competitivo, e o Rota do Progresso, que tem uma modalidade que antecipa créditos tributários de ICMS para as empresas com a obrigatoriedade de aplicarem os recursos em projetos de instalação e expansão em um dos 80 municípios selecionados, como forma de alavancar a economia e os índices de qualidade de vida nessas localidades. Desde o lançamento do Rota do Progresso, já foram garantidos R$ 833 milhões em novos investimentos em 10 cidades .
CAPACIDADE DE PAGAMENTO– O Paraná também conquistou a nota A na avaliação sobre a Capacidade de Pagamento dos Estados e Municípios (Capag) , lembrou o governador. A métrica da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) classifica a capacidade dos estados brasileiros de honrar seus compromissos financeiros.
Com isso, o Estado obteve a nota inédita A+ no sistema integrado da STN, já que também possui uma classificação A no Ranking da Qualidade da Informação Contábil e Fiscal no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi).
A nota funciona como uma espécie de selo de aprovação para estados e municípios na hora de realizar operações de crédito com garantia da União. Uma boa classificação, entre outras vantagens, facilita o acesso a financiamentos com juros mais baixos.
Ratinho Junior comentou que o Paraná tem hoje fôlego no caixa, na contramão de outros estados e da própria União. A Dívida Consolidada Líquida (DCL), que mostra quanto sobraria caso o Estado quitasse toda a sua dívida, é de R$ 7,7 bilhões. “Com a modernização da máquina pública, conseguimos formar a maior poupança pública do País. Se quiséssemos quitar toda a dívida pública do Paraná, incluindo precatórios, ainda teríamos dinheiro em caixa ”, reforçou. “Quem não cuida das contas públicas, não cuida dos mais pobres.”
FIRJAN– Também nesta sexta-feira (25), Ratinho Junior se reuniu com lideranças do setor industrial na Casa Firjan. Com o tema “Pensa Brasil”, o objetivo do encontro foi discutir desafios do País e da indústria brasileira, com foco no futuro político, econômico, social e industrial do Brasil. O governador do Paraná foi o segundo a participar das rodadas de encontro.
Entre os assuntos levantados por Ratinho Junior esteve o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) que, segundo o último levantamento divulgado em maio, apontou que o Paraná tem cinco das 10 cidades mais desenvolvidas do Brasil: Curitiba, Maringá, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão .
“Para nós é motivo de orgulho termos cinco das 10 cidades mais desenvolvidas do Brasil, o que demonstra que estamos no caminho certo. Estamos batendo recordes na geração de emprego, conquistamos a melhor educação do Brasil e temos feito grandes investimentos para descentralizar a saúde no Estado”, disse Ratinho Junior.
O IFDM avaliou mais de 5 mil cidades brasileiras sob três perspectivas: emprego e renda, saúde e educação. Eles são divididos em quatro níveis de desenvolvimento socioeconômico: crítico (0 a 0,4), baixo (0,4 a 0,6), moderado (0,6 a 0,8) e alto (0,8 a 1). Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o município. Os índices têm como base o ano de 2023, a partir da análise de dados oficiais.
Ratinho Junior também destacou os avanços na educação paranaense, um dos quesitos avaliados pelo IFDM, que chegou ao topo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino médio, passando de 7º em 2019 para 1º lugar em 2023, e o programa de intercâmbio Ganhando Mundo, que está levando 1.300 alunos em 2025 para Austrália, Canadá, Estados Unidos, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido.
“Temos a melhor educação pública do Brasil há cinco anos consecutivos. Mudamos a cultura escolar, incorporando empreendedorismo, associativismo, cooperativismo, oratória e educação financeira familiar ao currículo. Temos 500 mil alunos aprendendo programação e robótica nas escolas”, complementou.
PRESENÇAS – Participaram dos encontros os secretários estaduais Cléber Mata (Comunicação) e Helio Wirbiski (Esporte); o diretor-presidente da Invest Paraná (agência de atração de investimentos do Estado), Eduardo Bekin; o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano; o chairmain da Firjan, Eduardo Eugenio; o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; o presidente da ACRJ, Josimar Avilar; o presidente do Conselho Superior da ACRJ, Ruy Barreto Filho; e lideranças dos setores industrial e comercial do Rio de Janeiro.