A prefeita Elizabeth Schmidt disse, durante a abertura do novo processo de licitação do tranporte coletivo em Ponta Grossa na última quarta-feira (5) que a extinção da função do trocador de ônibus é inevitável.
"Eu lamento muito, mas, o mundo evoluiu. A opção de fazer dispensa não foi nossa", disse a prefeita. Segundo ela, os trabalhadores que exercem esta função, atualmente, tiveram outras oportunidades para se encaixar mas não se enquadraram. Ela ainda comparou a profissão dos trocadores com os acendedores de lampião de gás, hoje extinta. "No mundo inteiro a bilhetagem é eletrônica", frisou.
Conforme publicado anteriormente pelo comVc, o lançamento do novo edital reacendeu o debate sobre o transporte coletivo na maior cidade dos Campos Gerais. A licitação deverá ser feita em dois lotes, existindo a possibilidade de uma mesma empresa ser a vencedora de ambos.
A Viação Campos Gerais, atual e única concessionária por mais de 30 anos, teve seu contrato prorrogado e recebeu vários aportes milionários, sempre alegando problemas financeiros. O modelo atual de transporte coletivo, no qual centraliza as operações em terminais de ônibus é o mesmo - com ligeiras modificações - desde o seu lançamento no início da gestão do prefeito Paulo Cunha Nascimento. Na gestão do prefeito Péricles Holleben de Mello a cidade ganhou o último terminal construído - em Uvaranas.
Ainda este ano, a VCG divulgou a demissão de trocadores e o aumento de linhas sem a operação deste profissional, centralizando no motorista as duas funções. A medida gerou críticas por parte da população. Ao mesmo tempo a empresa lançou um álbum de figurinhas comemorativo.
A(s) nova(s) empresas deverão ser conhecidas até dia 2 de agosto, tendo em torno de 6 meses para assumir os trabalhos totalmente.