Uma festa se sustenta em três grandes pilares: a parte religiosa, é a mais importante, com as celebrações sempre às 15 e às 19 horas; a parte gastronômica, com 11 barracas com comidas de diferentes nacionalidades, entre elas, a partir deste ano, a árabe, e, o viés solidário, de ajuda: quem participa, auxilia grandes atividades evangelizadoras. “Todos os recursos desta festa são para a construção das nossas capelas e do nosso centro de evangelização”, destaca o pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, padre Evandro Luis Braun, ao definir a Festa das Nações 2024.
O pároco ressalta que são momentos de evangelização, de confraternização e de as pessoas poderem ajudar a comunidade. Todos os dias, a praça de alimentação abre às 18 horas, mas já às 15 e às 19 horas acontecem missas e novenas. No final de semana, a programação é mais extensa, começando às 14 horas, no sábado, e, no domingo, a festa dura o dia todo, iniciando a partir das 10 horas, com a abertura da praça de alimentação. O show de prêmios ocorre às 17 horas, no domingo, “que é o grande momento de ajuda para as nossas construções”, lembra padre Evandro.
“Somos devotos de nossa padroeira, Santa Rita de Cássia, mulher da oferta da vida, que soube fazer de sua vida um serviço à Igreja e nós somos estes que, no nosso tempo, além de louvarmos a nossa padroeira e pedirmos a sua intercessão, somos aqueles que vivem em comunidade, sustentados pela intercessão de Santa Rita. Na verdade, a nossa comunidade é uma comunidade de fé que encontra em Santa Rita um modelo de vida. E de verdade, aqui, as pessoas vivem em comunidade. Toda a festa só é possível porque Santa Rita intercede e porque muitas pessoas encontram nela um modelo de vida, de oferta, de entrega. É muita gente se doando, muita gente servindo para poder acolher todos aqueles que aqui chegam para viver a Festa das Nações. A festa deste ano tem sido não só um sucesso, mas um momento de profunda evangelização. Um sinal do amor que Deus revela ao povo que é Dele, concedendo-lhes graças, experiências, oferta de dons e de graças. Tem sido um tempo especial da nossa comunidade”, argumenta o pároco.
A cantora Juliana Fornazzari, atração da noite de domingo (19), participa há dez anos da festa, tempo que integrava outros ministérios de música. “Nos últimos anos, tenho percebido o movimento das células, dos acampamentos e tem aumentado muito o número de pessoas que estão engajadas na nossa comunidade. A participação e o tamanho da festa acompanharam esse crescimento. Quando eu vim para a paróquia, era na frente da igreja, em um pequeno palco, e, hoje, olha toda essa estrutura. Muita gente passa por aqui e trabalham na festa também. As barracas eram bem simples, com menos coisas. Hoje, ela é grandiosa”, relembra a também compositora, que em sua apresentação solo, trouxe sua música de trabalho, ‘Travessia’. “É a última lançada e tem o nome do nosso projeto de evangelização. Uma música que surgiu do sonho de trazer algo novo para a evangelização, aquilo que Deus tem nos chamado fazer. Não sabemos, muitas vezes, aonde esse caminho vai nos levar, mas temos que ir dando passos para que Deus vá colocando o chão para irmos caminhando e sempre indo além do que Deus nos pede na evangelização. No nosso caso, dentro da música, do que tenho escrito e feito de composição para o povo de Deus. A música é exatamente isso: aquilo que o nosso projeto sonha: alcançar mais almas, mais pessoas através do que Deus tem colocado no nosso coração, de letra, de melodia de algo que fale ao coração das pessoas”, resume.
O paroquiano Luan Marcelo Batista conta que há mais de 15 anos participa da comunidade pela devoção que tem a Santa Rita. “Por toda a história de vida dela, pela maneira como conseguiu a santidade, que é uma maneira que nós buscamos, diariamente, nós casados, diante do nosso matrimônio, quanto à fidelidade, ao comprometimento com as coisas de Deus. É o que me atrai na paróquia. A festa é um complemento a mais, cada vez mais movimentando o nome da paróquia. Buscamos estar mais próximos de Deus através dos ritos da Igreja”, afirma.
A Festa das Nações nasceu em 1975, com o nome de ‘Festa de Santa Rita’. Em 2011, pensando em celebrar o encontro de diferentes povos e etnias que formam a cultura de Ponta Grossa, o evento passou a ser chamado de ‘Festa das Nações’. O novo formato oferece um menu variado, com pratos típicos, que proporcionam uma experiência gastronômica diferenciada. Além de promover a interação da comunidade com os visitantes, a festa realiza, ao longo de nove dias, a novena de Santa Rita, verdadeiros momentos de oração e devoção. Além disso, uma relíquia da santa padroeira – um pedaço do hábito que Santa Rita costumava usar – está em exposição na matriz, durante as celebrações.
A Paróquia Santa Rita de Cássia fica no Bairro da Ronda, em Ponta Grossa. Este ano, a expectativa da comissão organizadora é reunir perto de 45 mil pessoas nos nove dias de festejos. A praça de alimentação oferece pratos típicos da Alemanha, Suíça, Holanda, Itália, China, Polônia, Japão, Brasil e, este ano, também da Arábia.