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Diversão & Arte Sábado Santo

Sábado Santo: noite da igreja às escuras

Bispo encerra Tríduo Pascal na Catedral com a vigília pascal

31/03/2024 16h09
Por: Redação Fonte: Diocese de Ponta Grossa
Divulgação
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Uma celebração repleta de simbologia, o Sábado Santo é caracterizado pelo silêncio, a escuridão e espera. Espera pela ressurreição de Jesus. À noite acontece a Vigília Pascal, “a mãe de todas as vigílias, onde nossa fé se renova”, dizia o bispo Dom Sergio Arthur Braschi, que conduziu a celebração da luz, ainda fora da Catedral Sant’Ana às escuras, onde, entre cantos e orações houve a bênção do fogo, a procissão do círio pascal e a proclamação da Páscoa. Centenas de fiéis acompanharam o momento, um dos mais longos e belos da liturgia da Igreja. Foram três leituras, dois salmos, o Glória, cantado, epístola e o Evangelho. A celebração durou mais de duas horas.

A beleza simbólica da celebração é marcada pelas orações cantadas e pelo erguer e baixar das velas acesas, durante a renovação das promessas batismais. “Passado o silêncio do Sábado Santo, onde os discípulos não sabiam o que iria acontecer depois de seu mestre ter sido morto e sepultado, ainda estavam perplexos. Em vigília, hoje sabemos que não basta contemplar o que morreu e ressuscitou, mas é preciso que partilhemos disso tudo, através dos sacramentos. E é através do Batismo que se dá essa participação. Vamos abençoar a água batismal e renovar as promessas batismais. Na Sua morte é que morremos para ressuscitar”, destacou Dom Sergio, citando que as leituras do Antigo Testamento já fazem referência ao mistério pascal de Jesus. “Abraão quando leva o seu filho para o sacrifício, como inicialmente Deus lhe havia pedido, faz o menino carregar a lenha, o madeiro, nas costas. ‘Em ti serão abençoadas todas as nações da terra’ disse Deus a Abraão, depois que ele não lhe negou único filho”, interpretou o bispo.

Ao refletir sobre outra das leituras, Gênesis 22, que conta como o povo judeu atravessou o Mar Vermelho a pé enxuto, fugindo dos egípcios, Dom Sergio falou do estrondoso prodígio, analisando que a água para eles tinha significado libertação, mas, para os inimigos, morte. “O Batismo é símbolo do que aconteceu antigamente na história da salvação. Uma prefiguração do que acontece no mistério pascal de Jesus. O mistério batismal é a nossa participação do mistério pascal de Jesus. O tempo pascal começa nessa solene vigília”, enfatizou o bispo. Dom Sergio se referia às sete semanas em que a Liturgia celebra a presença de Jesus Cristo Ressuscitado entre os apóstolos, dando-lhes as suas últimas instruções (At 1,2).        

Na celebração, foi abençoada a água batismal, aspergida essa água sobre os fiéis e renovadas as promessas do Batismo.

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