Segunda, 30 de Junho de 2025 (42)99838-3791
Diversão & Arte Condae

Conselho da Ação Evangelizadora realiza primeira reunião de 2024

O itinerário rumo ao centenário da Diocese foi destaque

03/03/2024 08h32
Por: Redação Fonte: Diocese de Ponta Grossa
Divulgação
Divulgação

Reunidos pela primeira vez este ano, na manhã deste sábado (2), no Espaço Cultural Sant’Ana, integrantes e coordenação do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora (Condae), ao lado do bispo Dom Sergio Arthur Braschi, discutiram os principais assuntos relacionados à Igreja local e nacional, entre eles a preparação para o Jubileu 2025 e etapa de 2024 da programação do centenário da Diocese, comemorado em maio de 2026. Representantes de pastorais e movimentos trouxeram ainda os destaques de suas agendas para o ano.

O coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, padre Joel Nalepa, lembrou que a reunião do Condae é um espaço muito privilegiado, propício, oportuno para a comunhão. “Estamos vivendo um período de sinodalidade. A partir do Batismo, todos são membros da Igreja. Não apenas um grupo, mas todos. E nela, todos somos corresponsáveis. Mais uma vez, o Condae, como organismo, como conselho diocesano da Ação Evangelizadora é fundamental para comunhão, para organização, para articulação da caminhada de toda a Diocese, junto, depois, com o Conselho Presbiteral, com todo o clero e outras instâncias para fazer com que nossa caminhada seja de fato de comunhão. Insistimos hoje para que esse não seja hoje apenas mais um espaço de reunião, mas um momento para pensarmos juntos a caminhada de nossa igreja”, afirmou.

Ao comentar sobre a lógica das ações da Igreja, padre Joel citou que a assembleia diocesana faz uma grande discussão, aponta caminhos e prioridades para um determinado período. Depois, define-se o plano diocesano de pastoral e, tendo presente isso, partilha-se a caminhada nas reuniões nos Setores, no Condae, no Conselho Presbiteral e na reunião geral do clero. “Justamente para que tenhamos por onde estamos caminhando, quais os desafios, as demandas, para que possamos assumi-las. Isso falando em Diocese. Mas, também nos situamos na caminhada que fazemos como Igreja: o Jubileu de toda a Igreja, as luzes, os desafios da Igreja no mundo inteiro e da CNBB, para que a gente entenda que a Diocese não está isolada do mundo, mas em comunhão com tudo isso. Um grande desafio, mas também uma grande riqueza quando temos todos esses elementos que nos desafiam, mas nos ajudam a entender que a caminhada tem como referência única a pessoa e a proposta de Jesus Cristo”, destacou o coordenador.

Ainda abordando a comunhão, Dom Sergio relembrou as perguntas respondidas pelos católicos dentro da primeira fase do Sínodo, que teve sua primeira sessão em outubro do ano passado e terá a segunda, este ano, também em outubro. “O Sínodo sobre a sinodalidade e quando se fala em sinodalidade, o caminhar junto, precisamos lembrar que envolve todas as pessoas da igreja: homens, mulheres, idosos, jovens, crianças, padres, bispos, leigos. Todos nós, pelo Batismo, fazemos parte e temos essa corresponsabilidade com a Igreja e com a missão universal da Igreja. A missão, o aspecto missionário é fundamental na Igreja. É uma co-responsabilidade herdada pelo Batismo. Não porque sou de tal movimento, tal pastoral, ou porque sou bispo, padre, religioso, não...porque sou batizado. Cada batizado é importante na Igreja e deve ser ouvido. O processo sinodal tentou fazer a gente escutar. Foi a primeira atitude: ouvir o que a pessoa tem para dizer. O Espírito Santo está inspirando aquele batizado, aquela batizada, não importa se a pessoa não tem cargo no momento na Igreja. Nos sentimos responsáveis pela Igreja, pela nova evangelização”, ressaltou o bispo.

PAUTA

Padre Joel discorreu a respeito do Jubileu 2025, mais especificamente sobre o conteúdo dos 34 volumes da Coleção Cadernos do Concílio Jubileu 2025, um box que reúne material produzido por teólogos, estudiosos da Sagrada Escritura e jornalistas, e, busca redescobrir as quatro sessões do Concílio Vaticano II: Dei Verbum, Sacrosanctum Concilium, Lumen Gentium e Gaudium et Spes. “O Jubileu tem alguns sinais, marcas desse tempo. A cruz é a marca central. Tanto que aparece nas figuras, na logomarca. É o que dá segurança ao barco. Esperança que nunca pode ser abandonada porque dela precisamos sempre e sobretudo nos momentos de maior necessidade”, detalhou, referindo-se ao logotipo do Jubileu, onde aparece um barco, com uma vela em forma de cruz e quatro elementos, que representam a população dos quatro cantos da Terra. “Faz alusão a todos os povos. O primeiro deles está entrelaçado na cruz. Os demais, agarrados nele. Há ondas, que representam as agitações, os desafios da vida de hoje. O que dá esperança é Cristo. A cruz do ressuscitado”, interpretou o padre.

Padre Hélio Guimarães, coordenador da Pastoral Presbiteral, abordou o itinerário rumo ao centenário da Diocese. “São vários os aspectos e alguns estão relacionados a renovação da fraternidade, da terra. E esta renovação passa por dois entendimentos: um deles, como chegamos até aqui e pra onde vamos. E para saber como chegamos e para onde vamos precisamos saber como estamos. Passado, presente e futuro, que se completam nesse tempo jubilar e é por isso que o tempo jubilar é muito favorável para se fazer memória. Como vencemos os desafios, como foram superados e para onde vamos a partir de agora”, explicou.

O padre informou o slogan elaborado para o centenário, definido tendo por base o trabalho realizado pela Pastoral de Animação Bíblico Catequética junto a catequistas, catequizandos e suas famílias. “’Diocese de Ponta Grossa, cem anos de vida e comunhão, esperança e missão’. Vamos ouvir muito e multiplicar essa frase nesses próximos dois anos. São essas quatro palavras que apareceram nas propostas e que definiram o slogan. Se formos analisar essas quatro palavras veremos que nelas está um pouco do que significa o jubileu: vida e comunhão. A vida que trazemos até aqui, a comunhão que procuramos viver no passado, no presente e no futuro, e, as outras duas palavras nos lançam para frente: esperança e missão. Se a Igreja não tem esperança, morre. Se não vive a missão, morre. Nós temos vida e comunhão para celebrar porque estamos abertos à esperança e missão. Mensagem que vai dar a tônica para a vivência do centenário”, argumentou padre Hélio.

“Onde vamos enxergar a vida e comunhão? E onde vamos buscar essa esperança e missão? Na nossa história. Por isso o ano paroquial que estamos abrindo em 2024, 10 de maio, para encerrar em 10 de maio de 2025, faz um convite especial para as comunidades resgatarem a sua história. Da capela, comunidade, paróquia. Por isso chamado ‘ano paroquial’. Estamos celebrando 100 anos da presença da Igreja que, por estar presente, começou a ser chamada de Diocese. Primeiro, a Igreja se fez presente, depois, ela passou a ser chamada de Diocese. Por isso que queremos resgatar a história no âmbito paroquial para que as comunidades entendam que nós não vamos celebrar 100 anos de uma Igreja em Ponta Grossa. Vamos celebrar 100 anos de uma Igreja aqui na Campina do Jutuva, quando chegaram as primeiras famílias e começaram a celebrar em comunidade. Quem sabe foi muito antes desses 100 anos”, exemplificou.

No Ano Paroquial, o resgate da história vai começar a partir da resposta a algumas perguntas, que serão distribuídas para os conselhos de pastorais e que irão buscar pessoas da comunidade que ajudem a responder: como foi a origem da nossa comunidade? Onde se reuniam os primeiros moradores para rezar? Quando se tornou comunidade católica? De onde vinha o padre e as pessoas que ajudavam na celebração? Como foi feita a escolha do padroeiro? Quem foram as pessoas de destaque na história da comunidade? Como foi a construção da primeira capela? Vieram outras depois? Quais foram os momentos especiais de nossa história (festas, missões, celebrações, ordenações, visitas do bispo)? Que pessoas fazem parte da nossa história? O que existe hoje (CPPs, CAECs)?  Quais as nossas expectativas de celebrar esse ano jubilar?

De acordo com padre Hélio, a ideia é aproveitar esse caminho de resgate da história das comunidades e incluir as pastorais movimentos e organismos. “Vão pensando já uma maneira de resgatar a própria história e saber como foi a origem de nossa pastoral aqui na Diocese? Quem foram os primeiros que trouxeram esse carisma, esse jeito de evangelizar? Quando ela se tornou uma pastoral, movimento, organismo organizado? Queremos levantar os momentos marcantes, as dedicações de igrejas, as crismas, consagração de altar, e também a história antes da existência da igreja-prédio. Porque antes de existir uma igreja física já existia uma igreja-comunidade. E, acima de tudo, como Deus vai continuar agindo daqui para frente? Não é um relatório. É perceber: Deus que nos trouxe até aqui, caminhou conosco até aqui e que vai continuar nos conduzindo. Notar a presença de Deus e a ação de Deus na nossa comunidade”, enfatizou.

A própria comunidade trabalhará as respostas à sua maneira. “Estamos acolhendo a criatividade e ação do Espírito que caminha em nossa Diocese. A Ação Evangelizadora traz pistas, provoca a reflexão, mas as iniciativas sempre são locais. A Diocese é muito diversa. Paróquias são realidades muito diferentes e o que serve para um canto da Diocese não serve para outro. A partir desse resgate da história, há comunidades que vão decidir fazer teatro com os jovens, com os catequizandos, para contar esse pedaço da história. Uma apresentação, uma exposição, uma música, convidar uma comunidade vizinha para vir conhecer a nossa, contar a história dela e acompanhar a apresentação da nossa”, sugeriu padre Hélio, citando que o prazo para essa elaboração começa a contar a partir do encontro setorial, quando ficarão sabendo oficialmente da atividade. “(As paróquias) Têm até o encontro paroquial, que elas vão preparar, para fazer essa atividade de resgate. Em algumas vai dar três meses, outras seis meses e, em outras, quase um ano.”, acrescentou.

Ícone Perpétuo Socorro

O diácono Mário Cequinel, assessor eclesial da Liga Católica comentou que em 19 de março a Liga comemora 90 anos na Diocese. Conforme o diácono, ela foi criada inicialmente na Paróquia São José, um pouco antes da criação da própria paróquia. “Nosso objetivo é levar Deus às famílias e as famílias para Deus. As reuniões envolvem desde criança de colo até idosos. A família. Todos. Viúvos, separados, divorciados, casados, todos têm lugar”, assegurou o diácono, adiantando que, no próximo dia 17, será lançada a comemoração dos 90 anos da Liga na Diocese. “Por providência divina, a primeira Liga Católica do Brasil foi fundada no Rio de Janeiro, onde há um ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A Liga sendo derivada da ação dos (padres da Congregação do Santíssimo Redentor) redentoristas, também é consagrada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, como a congregação que a tem como padroeira”, contou.

Para festejar o aniversário diocesano da Liga, o ícone de Nossa Senhora vai visitar as diferentes regiões do país. “A partir de 1º de maio, esse ícone vai a todas as paróquias de Ponta Grossa para divulgar a Mãe do Perpétuo Socorro e as ligas, mas também para rezar principalmente pelo centenário da Diocese, pelo Jubileu 2025, já que 2024 é o ano da oração. Vai também a Castro e para Telêmaco Borba. Talvez, ainda, a Irati. Passará dez, quinze dias visitando as paróquias. Pessoal da Liga junto com as paróquias vão organizar a programação, em conjunto com os padres. Precisamos da colaboração de todos os líderes. Ajudem, se disponham a ajudar não à Liga, mas a crescer a devoção a Nossa Senhora. Muitas paróquias têm novenas em honra a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Vamos rezar com a Mãe. Quem reza com a mãe não se perde”, sugeriu o diácono.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.