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Como diferentes métodos de pagamento podem alavancar o mercado de educação online?

Por Nathan Marion*

29/02/2024 14h17
Por: Redação Fonte: Das assessorias
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Por conta da praticidade, o ensino à distância tem ganhado cada vez mais tração no mercado brasileiro. Para se ter uma ideia, dados do Censo da Educação Superior, do MEC, mostram que os cursos dessa modalidade cresceram 700% em dez anos. Além disso, informações da Statista Market Insights apontam uma projeção de 40,7 milhões de usuários até 2028, com receita aproximada de 2 bilhões de dólares no mesmo período. Por mais que sejam previsões animadoras e positivas, é necessário preparo por parte dos players para que, de fato, o setor siga em melhoria contínua.

Dentre as inúmeras ações para o sucesso do segmento, uma delas se faz bastante necessária e pode ser crucial para o seu sucesso: os métodos de pagamento. Hoje em dia, as opções são diversas, com 78% os usuários até mesmo desistindo de uma aquisição caso a sua favorita não esteja disponível, conforme o estudo Opinion Box. Além disso, fatores como segurança das informações, cadastros intermináveis e preços altos também são essenciais para essas desistências. O fato é que essas novas plataformas geram mais competitividade para o mercado e, por mais que isso ocorra entre diversos players, no final acaba garantindo mais benefícios para o próprio usuário.

Com isso, além de toda a preocupação em definir grade de ensino, contratação de professores, desenvolver uma plataforma adequada para postar os materiais, engajamento dos alunos, bom conteúdo, e outros desafios, os players da educação ainda precisam decidir quais métodos de pagamento vão oferecer na sua plataforma e como vão gerenciá-los. E aí pode entrar uma das maiores dificuldades, pois hoje o mercado de pagamentos é muito fragmentado. Assim, as empresas precisam integrar um a um, o que leva tempo e gasta um bom dinheiro, o que faz com que tenham, em muitas ocasiões, que trabalhar com menos opções para cortar custos.

Felizmente, com a orquestração de pagamentos esse problema diminui ou é completamente solucionado, pois entra em cena um software capaz de reunir em uma única interface todos os métodos de pagamento possíveis. Dessa maneira, com apenas um clique, o executivo consegue habilitar diversas opções  no  checkout de sua plataforma, administrando todas as informações em uma só tela. Além disso, essa tecnologia lida com diversos provedores diferentes, o que aumenta as chances de um pagamento ser aprovado, também garantindo a recorrência dos pagamentos e evitar a inadimplência.

Sendo assim, quais são os melhores métodos de pagamento para se oferecer em uma plataforma de educação online? 

Por conta da praticidade e grande popularidade no país, o Pix é uma opção quase indispensável para qualquer negócio. Em termos de comparação, dados da Ebanx mostram que esse método deve atingir 40% do mercado de pagamentos até 2026, empatando até mesmo com o cartão de crédito, considerado o favorito. Além disso, ele representa 15% das vendas online na América Latina durante 2023, sendo o segundo mais utilizado na região. Grande parte dessa aceitação se dá por conta das taxas reduzidas para os comércios, além da garantia de que o valor entrará instantaneamente na conta. Para os estudantes, não há encargo nenhum, o que explica a alta adesão por parte do público. Além disso, para o final do ano está previsto o lançamento do Pix Automático, em que será possível agendar pagamentos e, com isso, irá endereçar essa necessidade de recorrência.

Outro método comumente usado em plataformas de curso é o pagamento recorrente via cartão de crédito. Nessa modalidade, o  valor da parcela é descontado mensalmente no cartão do aluno, sem bloquear o valor total no seu limite. Isso traz mais comodidade a ele, já que o pagamento é debitado automaticamente e evita prejuízos financeiros ao negócio por conta de esquecimentos por parte do estudante. Um cuidado, porém, ao se aceitar cartões de crédito é em relação a golpes. De acordo com o relatório "Card Fraud Losses Worldwide", da Nilson Report, as perdas por fraudes nessa modalidade podem atingir US$ 49 bilhões até 2030. Além disso, uma gestão deficiente pode acarretar em problemas como pagamentos recusados e, consequentemente, o temido “churn” involuntário, que é o  número de clientes que cancela assinatura em um determinado período de tempo. Dessa maneira, além da orquestração de pagamentos para aumentar a taxa de aprovação trabalhando com diversos provedores de pagamentos, e possibilitando uma validação prévia de autenticidade, de preferência a Zero Auth, que verifica a validade de um cartão antes que o pedido de compra seja finalizado.

Indo mais além, as carteiras digitais também são um bom método de pagamento para se oferecer no checkout. Por permitirem transações que podem ser feitas tanto via celular quanto em relógios inteligentes, se tornou popular graças a essa praticidade. Um estudo recente da Morning Consult aponta que o Brasil é o 4º país que mais usa essa opção no mundo. Além disso, muitas dessas plataformas começaram a oferecer o uso de cartões de créditos tokenizados. Dessa maneira, ao invés do tradicional número que pode ser facilmente roubado, ela se utiliza de códigos diferentes para cada comércio, com informações adicionais de segurança que dificultam o acesso desenfreado a esses dados por parte de hackers.

Muito se fala em cartão de crédito, mas e quem não tem acesso a um e gostaria de pagar pelo seu curso de forma parcelada? E aí que entra uma modalidade chamada de Buy Now Pay Later (BNPL). Como o próprio nome sugere, ela permite que o aluno adquira o curso online e pague dentro de um determinado período, que pode chegar até 12 meses. Essas transações podem ser tanto fracionadas em diversas vezes quanto de uma só vez por meio de várias opções como transferência bancária, Pix e cartão de débito. Seu potencial é tamanho que um estudo de pagamentos da Gmattos estima que a modalidade deve chegar a R$ 200 bilhões no Brasil.

Por mais que ainda seja muito tradicional no ensino presencial, o boleto bancário vem perdendo força no ambiente online por conta da facilidade e velocidade do Pix, que permite pagamentos instantâneos em que o valor já é creditado na hora da transação. Em se tratando do boleto, a compensação do pagamento leva até 3 dias úteis, o que pode atrasar processos e fazer com que um consumidor repense sua escolha e cancele a compra, resultando em perda de dinheiro para a instituição. 

Com isso, podemos concluir que, além de pensar no próprio caixa, os players de educação precisam levar em consideração a experiência dos alunos na hora de oferecer métodos de pagamento em sua plataforma. E com a orquestração de pagamentos isso se expande, já que existem inúmeras opções a nível local e global capazes de agradar diversos públicos.  Dessa maneira,  ele consegue atrair mais interessados para seus cursos e, de quebra, expandir o negócio para novos mercados, contribuindo para o crescimento do mercado de ensino à distância. 

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