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Conheça a doença que atingiu o Rei Charles III e que afeta mais da metade da população masculina acima dos 50 anos

Após diagnóstico de Hiperplasia Benigna da Próstata, monarca deve ser internado na próxima semana para procedimento cirúrgico, segundo comunicado oficial; médico urologista alerta para importância de tratamento para garantir a qualidade de vida do paciente

18/01/2024 15h16 Atualizada há 1 ano
Por: Redação Fonte: Das assessorias
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A Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) é a doença da próstata mais comum na população masculina e atinge cerca de 30 milhões de homens em todo o mundo, segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde. Nesta quarta-feira (17), o Palácio de Buckingham informou que o rei Charles III, de 75 anos, passará por uma cirurgia na próxima semana, após ser diagnosticado com a doença. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a HBP afeta mais 50% dos homens acima de 50 anos e é ainda mais comum com o avanço da idade, chegando a 80% da população com mais de 90 anos.

A doença se caracteriza pelo aumento da próstata, o que pode causar uma compressão e estreitamento da uretra, dificultando assim o ato de urinar e impactando negativamente a qualidade de vida dos pacientes. 

Segundo o médico urologista Ruimário Coelho, preceptor da residência médica em urologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e diretor técnico do Uroville – Urologia Avançada, apesar de ser uma condição bastante comum, muitas pessoas ainda não reconhecem os sintomas. “Geralmente os sinais surgem aos poucos e vão ficando mais frequentes com o passar do tempo, mas por uma questão cultural alguns pacientes acabam naturalizando essa condição, pois acreditam que é normal e que faz parte do envelhecimento”, explica.

Entre os principais sintomas, ele destaca a redução da pressão ou interrupções do jato urinário, dificuldade de iniciar a micção, aumento do número de micções noturnas, dificuldade de esvaziar totalmente a bexiga e a incontinência urinária.

“A qualquer sinal, os homens devem procurar um médico urologista para fazer uma avaliação e iniciar o tratamento mais adequado para o seu caso. Mesmo não tendo nenhuma relação com o câncer de próstata, a HBP pode evoluir para quadros mais graves se não for tratada. Entre as complicações mais comuns, estão a infecção urinária, a formação de pedras na bexiga e pode levar à insuficiência renal”, alerta Ruimário Coelho.

Novas tecnologias no tratamento da HBP

O tratamento da HBP vai desde o acompanhamento clínico com exames regulares e medicamentos para controlar os sintomas, até procedimentos cirúrgicos, que estão cada vez menos invasivos, graças ao desenvolvimento de novas tecnologias.

Entre as inovações mais recentes está a enucleação endoscópica da próstata com Holmium Laser (HoLEP), que tem se tornado o ‘padrão-ouro’ do tratamento da HBP. “Com o auxílio de uma microcâmera, o cirurgião consegue retirar com precisão o tecido aumentado com a ajuda do laser, tornando a cirurgia muito mais assertiva e reduzindo o risco de complicações”, explica Ruimário Coelho, um dos expoentes da técnica no país.

Uma das vantagens da nova tecnologia é a rápida recuperação no pós-operatório, com o procedimento feito sem a necessidade de internações prolongadas. Assim, os riscos de infecção também diminuem e o paciente consegue retomar suas atividades cotidianas em menos tempo do que nos métodos tradicionais. Além da enucleação endoscópica da próstata, no Brasil, as cirurgias minimamente invasivas mais difundidas são o Rezum, o UroLift e iTind.

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