A Frente Parlamentar de Proteção à Saúde Mental da Assembleia Legislativa do Paraná foi lançada nesta quarta-feira (9), no Auditório Legislativo Deputado Rubens Recalcati, tendo a deputada Ana Julia (PT) como coordenadora e a deputada Márcia Huçulak (PSD) como vice-coordenadora.
Com o objetivo é debater temas como ansiedade, depressão e outros transtornos que acometem a sociedade, considerando as violências psicológicas que ocorrem nas escolas, no trabalho e nos lares paranaenses, a Frente Parlamentar, além das deputadas coordenadoras também conta com os deputados Arilson Chiorato (PT), Dr. Antenor (PT), Evandro Araújo (PSD), Flávia Francischini (União), Goura (PDT), Hussein Bakri (PSD), Mabel Canto (PSD), Marli Paulino (SD), Requião Filho (PT), Ney Leprevost (União), Paulo Gomes (PP), Professor Lemos (PT) e Tercílio Turini (PSD).
A coordenadora da Frente Parlamentar, deputada Ana Julia (PT) declarou que “ hoje é a primeira reunião de trabalho desta Frente Parlamentar, muito com o objetivo de realizar uma escuta e entender quais são as principais demandas, quais são as áreas da saúde mental do estado que precisam de mais atenção, o que está desassistido, e com esse diagnóstico poderemos começar a orientar nosso trabalho ao longo do próximo período. Dessa forma conseguiremos ser mais assertivos nas proposições legislativas, inquirições ao executivo, enfim, tudo o que se fizer necessário para termos uma política pública mais eficiente, mais permanente e especialmente que possibilite o acesso a todos os paranaenses”.
A líder do Bloco Parlamentar de Saúde Pública, a deputada Márcia Huçulak declarou uque“hoje vemos um aumento dos quadros de depressão, transtornos mentais, uso de drogas e a grande dificuldade que isso implica na vida das pessoas, das famílias, então é importante debater a saúde mental, nós já temos um início do plano de trabalho que debatemos hoje aqui e essa Frente Parlamentar vem contribuir com a sociedade e com o sistema de saúde, para que a gente acolha melhor as pessoas que precisam de apoio do serviço de saúde. Quando falamos da saúde mental, falamos da dor da alma das pessoas e isso exige um olhar muito cuidadoso, sem menosprezar o sentimento das pessoas, não desvalorizar situações que ficam relegadas e tem causado sofrimento com tantas vidas desperdiçadas por problemas de saúde mental”.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam para um crescimento de 25% dos casos de pessoas com ansiedade e depressão em todo o mundo em 2022 e início de 2023. Em Curitiba, os 13 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) tiveram o maior número de acolhimentos em 2022, mais de 1,1 mil casos por mês, em média. Em 2020 foram registrados 595/mês acolhimentos nos 13 Caps. Dois anos depois, o número quase dobrou: 1.063/mês.
O programa de Saúde Mental e a Atenção Psicossocial (SMAPS) da Secretaria Estadual de Saúde explica, em sua apresentação, que “a maior parte das pessoas, quando ouve falar em “Saúde Mental”, pensa em “Doença Mental”. Mas, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Pessoas mentalmente saudáveis compreendem que ninguém é perfeito, que todos possuem limites e que não se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma série de emoções como alegria, amor, satisfação, tristeza, raiva e frustração. São capazes de enfrentar os desafios e as mudanças da vida cotidiana com equilíbrio e sabem procurar ajuda quando têm dificuldade em lidar com conflitos, perturbações, traumas ou transições importantes nos diferentes ciclos da vida”.
Além das deputadas Ana Julia e Márcia Huçulak, coordenadora e vice-coordenadora, respectivamente da Frente Parlamentar, também participaram da reunião a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia, Ana Ligia Bragueto Costa; Suelen Gonçalo do Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Estado da Saúde; Doutor Marcelo Kimati do Ministério da Saúde, vereador do município da Fazenda Rio Grande, Professor Leo e participantes da órgãos públicos, entidades e estudiosos sobre o tema saúde mental.