Líder do Bloco PT-PDT, o deputado Professor Lemos (PT) representou a Assembleia Legislativa do Paraná na semana passada em uma série de encontros com os movimentos sociais do campo, assentados do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) e acampados. A ação compõe a agenda itinerante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O objetivo é percorrer o Estado para ouvir as demandas das comunidades e apresentar os programas que atendem o público da reforma agrária e agricultura familiar, propostos pelo governo federal. Lemos enalteceu a iniciativa do Incra e afirmou que ação vai agilizar o atendimento às demandas da população do campo.
“Fundamental essa iniciativa do Incra em realizar as Assembleias Populares pela Reforma Agrária. Estar presente nos espaços da Reforma Agrária, tenho certeza, vai agilizar a resolução de diversas demandas dos companheiros e companheiras sem-terra. Estamos acompanhando as assembleias e já notamos a mudança”, pontuou o deputado.
Lemos disse ainda que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abandonou as políticas públicas para a reforma agrária e que o governo do presidente Lula tem se mostrado disposto para contribuir com o avanço na área.
“Depois deste período em que um governo nefasto além de abandonar a política da reforma agrária a sabotou, vemos agora uma boa disposição do governo federal em avançar. É um bom começo, mas é preciso avançar e agilizar mais e mais rápido", argumentou o deputado Professor Lemos.
Na mesma linha, Nilton Bezerra, superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Paraná (INCRA-PR), afirmou que o órgão está retomando a relação com os beneficiários da reforma agrária e que o contato com a população sem-terra é fundamental para a solução dos problemas.
“A função do INCRA é esta, é estar perto dos beneficiários da Reforma Agrária. No governo passado isto não existia, isto foi destruído. Estamos retomando e queremos estar próximos, acolhendo as demandas, ouvindo os problemas e encaminhando soluções. Temos uma boa expectativa para o avanço da Reforma Agrária no Paraná. Nestes sete meses de governo Lula já estamos trabalhando intensamente. Muito em breve teremos boas notícias para a Reforma Agrária no Paraná", comentou.
Assembleias Populares
Na terça-feira (1) o deputado Professor Lemos (PT) e a equipe do Incra visitaram a região dos Campos Gerais. Com a presença de centenas de pessoas, a Comunidade Emiliano Zapata, localizada em Ponta Grossa, sediou a Assembleia Popular de Mobilização Permanente pela Reforma Agrária. O encontro contou com a presença de lideranças políticas da região, assentados, pré-assentados e acampados.
Quarta-feira (2) foi a vez do Assentamento Guanabara, localizado em Imbaú, região do Norte Velho. Durante o encontro, assentados e movimentos sociais do campo apresentaram as demandas que foram recebidas pela equipe do Incra. Os servidores do Instituto realizaram atendimento à população e repassaram informações sobre os programas do governo federal na área da reforma agrária e agricultura familiar.
O “Incra Paraná Itinerante” fez mais uma parada na quinta-feira (3). Desta vez foi em Londrina, região do Norte Novo, no assentamento Eli Vive. As diretrizes do governo federal para as áreas de reforma agrária foram apresentadas pela equipe do Incra-PR. No encontro, também foram encaminhadas as demandas dos trabalhadores rurais da região.
Na sexta-feira (4) foi realizada a Assembleia Popular da Reforma Agrária no Município de São Gerônimo da Serra, Brigada Cacique Cretã, na Sede da Cooperativa Regional da Reforma Agrária COANOP. A ação reuniu 12 assentamentos dos municípios de São Gerônimo da Serra e Sapopema.
A importância da Assembleia Popular e do Incra Itinerante se destaca pela mobilização, pelo espaço destinado ao debate e para a construção de propostas que colocam a Reforma Agrária na pauta da sociedade e do governo. O diálogo restabelecido entre o Incra e o povo Sem-Terra devolveu às famílias acampadas e assentadas a esperança e o entusiasmo para continuar na luta pela definição da Terra e a promoção da Reforma Agrária.