Edição de 2025 do Sigmat promove integração entre licenciatura, bacharelado e mestrado em Matemática

Na última semana, aconteceu a 8ª edição do Simpósio Integrado de Matemática (Sigmat) em diversos ambientes do Campus Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A realização ficou por conta dos acadêmicos e professores dos cursos presenciais e a distância de Licenciatura, Bacharelado e do Mestrado Profissional em Matemática.

Centrado na discussão da produção do conhecimento na área e na troca de saberes teóricos e práticos entre o público participante, o evento buscou fortalecer a valorização do ensino durante a graduação e a pós-graduação. Entre 28 de julho a 1º de agosto, foram realizadas, no Centro Integrar e na Central de Salas, palestras, minicursos, comunicações orais, exposições e a 4ª edição do Torneio de Derivadas.

A coordenadora do Simpósio e professora do Departamento de Matemática e Estatística, Margarete Aparecida dos Santos, comenta que desde a sua criação, o Sigmat vem se fortalecendo a cada edição. “Já passaram por aqui pesquisadores, professores e estudantes que compartilharam suas investigações, experiências docentes, desafios e conquistas”, relata.

O Simpósio discute matemática pura e aplicada, estatística, ensino, formação docente, extensão universitária, tecnologias, educação básica e outros assuntos. Para Margarete, a diversidade de temas mostra como a matemática está presente de maneira viva e atuante em múltiplos contextos. “Um dos grandes diferenciais do nosso simpósio é a integração entre ensino, pesquisa e extensão, entre universidade e escola, entre teoria e prática”, comenta, “e é justamente essa integração que dá a identidade ao Sigmat”.

Além das palestras, comunicações e minicursos, o seminário conta com ações que, segundo a organizadora, são marca registrada do evento, como a exposição matemática que estimula curiosidade e promove encantamento por meio de materiais concretos, jogos, dobraduras e experimentações visuais. Margarete afirma: a matemática pode ser dinâmica e envolvente.

Premiações

Os autores que receberam menções honrosas pelos seus trabalhos foram: Carlos Eduardo Holm Rodrigues, Sergio Krachinski, Gean Gabriel de Souza Xavier e Douglas Mateus Jorge, por “Esteira Matemática”; Ana Julia Dutra Alves, Ghiovanna Louise Carneiro Moreira, Jessica Camily Hildebrant e Manuela de Oliveira Rosa Malaquias, por “Sequência de Fibonacci no Balé”; Gilciane Opata Burgardt de Souza e Salvador Bilecz, por “Cachecol no Tear”.

Em Matemática, foram premiados: Ana Paula da Silva Koltum apresentou o “Modelo Matemático Fracionário Tumor-Imune com resistência às drogas”; Ana Caroline da Silva, por “Matrizes Circulares e Soluções de Equações Polinomiais”. João Vitor Roseira, por “Extensões de Corpos e o Teorema de Abel Ruffini”; “Modelo matemático para o estudo da emissão de CO2 na atmosfera”; Lucas dos Santos, por “Espectros do Laplaciano de Hodge Discreto e convergência em Complexos Simpliciais”; e Matheus Etevaldo Krüger Gebeluca, por “Aplicações de fractais na Física”.

Já na categoria Probabilidade e estatística, o premiado foi “O impacto do fenômeno El Niño 2023 – 2024 em diferentes regiões do Paraná”, apresentado por Airton Kist. A categoria de Ensino em Matemática premiou 3 trabalhos: apresentado por Matheus Henrique Pawlak Silva, “A Trajetória Profissional dos Egressos da linha de Pesquisa em Educação Matemática do PPGE da UFPR: uma perspectiva”; “O uso do Geogebra como ferramenta pedagógica para o ensino de funções trigonométricas”, apresentado por Leonardo Wrobel; e também “A participação ativa em atividades de extensão ao ingressar no Ensino Superior: um relato de experiência”, por Fabiane Peremibida Iarochevski.

Torneio de Derivadas

Atração de todos os anos, o Torneio de Derivadas reuniu participantes da Licenciatura em Matemática e do Bacharelado em Matemática Aplicada. Em terceiro lugar, ficou a dupla de “Ado, ado, ado, quem for de pelo menos classe C^1 será derivado!”, formada por Leonardo Andrade de Matos e Danye Silva Gavet. Em segundo lugar, “A Assíntota Final”, com Cauan Cardozo da Costa e Elton Mateus Neves. Em primeiro lugar, a dupla “Como chegamos até aqui?”, composta por João Vitor Roseira e Lucas dos Santos.

Minicursos: teoria e prática

Ao longo da semana, na Central de Salas, o Sigmat promoveu quatro minicursos que contribuíram para a formação acadêmica dos participantes: Origami 3D, ministrado pela professora Margarete e pela acadêmica Yasmin Fernanda Heldt; Mentalidades Matemáticas: o poder do cérebro no ensino e aprendizagem de Matemática, ofertado pela professora Scheila Valechenski Biehl e pelas acadêmicas Ana Paula Aranna e Deise dos Santos Ferreira Campos; Revelando a Lei da Refração diretamente no círculo trigonométrico, promovido pelo professor Gerson Kniphoff da Cruz e por Márcia Antunes Alvarenga, mestranda em Ensino de Física; e Os batimentos cardíacos e a Matemática, ofertado pelo professor Antonio Marcos Batista.

A 8ª edição do Sigmat reuniu 122 inscrições, 22 comunicações orais, 18 grupos para a Exposição Matemática e 10 duplas para o 4º Torneio de Derivadas. Este ano, o Simpósio foi promovido pelos colegiados dos cursos de Licenciatura em Matemática presencial (COLLICMAT) e a distância (COLMATUAB), de Bacharelado em Matemática Aplicada (COLMAP) e do PROFMAT. A organização do Sigmat ficou por conta de uma comissão formada pelos professores Margarete Aparecida dos Santos, Marcos Teixeira Alves e Scheila Valechenski Biehl, e pelos acadêmicos Fabiane Peremibida Iarochevski, Isabella Paola Matoski, Jamilly Yasmim Borgato Lodovirge, Kelvin Advan de Lima, Luiz Henrique Bahls e Ruan Eneias Ferreira e Coordenada pela professora Margarete Aparecida dos Santos. Também estiveram na organização Marcos Teixeira Alves e Scheila Valechenski Biehl.

Texto: Domi Gonzalez | Fotos: Domi Gonzalez e professora Luiza Takako Matumoto, do Departamento de Matemática.