Ele saiu da Europa no auge para apostar no Brasil. Em menos de 60 dias, seu último EP já soma mais de 70 mil streams, sendo ouvido em mais de 50 países. Mas, por aqui, REZZON enfrenta um desafio maior que a indústria musical: uma cena que valoriza mais números, dinheiro e status do que a arte em si.
"No Brasil, a arte virou mercadoria"
REZZON não tem medo de falar. "Tentei trocar ideias com artistas e produtores sobre música, composição, mas tudo vira questão de dinheiro. A essência se perde quando o foco é só lucro." Em Portugal, ele sentiu um respeito maior pelo processo criativo. "O dinheiro tem seu papel, claro, mas não é tudo. No Brasil, a busca por números esvazia a arte e a torna passageira."
O preconceito contra o rapper branco
Além da luta por autenticidade, REZZON encara o estigma de ser um rapper branco no Brasil. "Filho de caminhoneiro, já vendi cartão no sol de 40 graus, já fiz entrega de moto, já limpei balde de lixo. Se isso é ser playboy, alguém me explica o conceito." Ele expõe a hipocrisia de quem rotula sem conhecer sua história. "Rap é sobre verdade e resistência. E minha história não é diferente da de muitos que vieram de baixo."
REZZON conclui: “Eu tenho plena noção do meu lugar dentro da cultura Hip Hop e respeito toda a história que construiu esse movimento. O RAP nasceu no gueto, na quebrada, foi criado e fortalecido pela população negra e hispânica que encontrou nele um jeito real de expressar suas vivências e lutas. Fazer parte desse estilo não é só questão de gosto, é responsabilidade. É ter consciência de classe, entender os privilégios que carrego como artista branco dentro dessa cena e agir com respeito. Eu não coloco barreiras na minha música, não me limito e nem separo. Faço som sobre tudo e para todo mundo, mas sempre com consciência, somando e dando espaço pra quem muitas vezes não tem visibilidade na mídia como eu”
Machismo e rótulos na indústria
O artista também questiona o machismo e o medo do diferente. "Se você não se encaixa no padrão, te colocam em caixas. Sou rapper, gosto de Madonna e Filipe Ret. E daí? Desde quando estilo musical define caráter?"
REZZON: incomodar é necessário
Com uma carreira em ascensão, ele não busca agradar todo mundo. "Faço música pra quem sente, pra quem entende o que é lutar. Se incomoda, é porque estou no caminho certo."
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