Com a presença de professores ilustres, o Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Secijur-UEPG) promoveu na última quinta-feira (09), no Grande Auditório do Campus Centro, uma roda de conversa com palestrantes internacionais. O evento foi aberto ao público e contou com casa cheia para prestigiar o evento que abordou o tema: “A mediação na vida dos advogados (as) e seus clientes”.
De acordo com a diretora do Setor de Ciência Jurídicas da UEPG, professora Adriana Timóteo dos Santos, o evento foi uma troca de experiências com o professor argentino Juan Carlos Vezaulla e o professor português Pedro Morais Martins. “Ambos estavam em Ponta Grossa para um curso sobre mediação familiar em prol do Cejusc, em parceria com a OAB. Nesta oportunidade, eles vieram aqui na Universidade falar com os nossos alunos sobre a mediação emancipadora responsável e a função dos advogados e pessoas que participam dessa mediação”, completa.
O professor Juan Carlos Vezzulla é mediador e co-fundador dos Institutos de Mediação e Arbitragem do Brasil, Portugal e Gênova, na Itália, e também consultor em mediação em países da América Latina, Europa, África e participante da Organização das Nações Unidas (ONU). Já o professor Pedro Morais Martins é mediador dos Serviços de Mediação Familiar e dos Julgados de Paz do Ministério da Justiça de Portugal, professor universitário na área na Universidade Católica Portuguesa e da Universidad Complutense de Madrid. É formador de mediadores em Portugal, Brasil, Angola, México e Argentina e também coordenador dos serviços de Mediação do IMAP nas Defensorias Públicas do Estado do Rio Grande do Sul.
Adriana acredita que a palestra foi muito positiva, cativando o público, servindo para mostrar a importância de considerar os relacionamentos e sentimentos envolvidos no conflito. “Muitas vezes, uma decisão judicial não consegue resolver o conflito porque não atinge o problema na sua origem. Em processos que envolvem relações pessoais, como o direito de família ou de vizinhança, é necessário ir além do tratamento jurídico”, afirma. Para os professores, a mediação emancipadora responsável permite que as pessoas mesmas resolvam seus problemas e mudem seu posicionamento através da consciência que a mudança de comportamento depende também delas, garante a diretora do Setor de Ciência Jurídicas da UEPG.
A palestra foi transmitida ao vivo pelo Nutead-UEPG e pode ser conferida no link aqui.
Parceria entre o Cejusc e a UEPG oportunizam atendimento gratuito à população
O Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc) disponibiliza à comunidade diversos meios consensuais de resolução de conflitos, seja no âmbito familiar, cível ou mesmo penal. É o que explica Mariana Pisacco Cordeiro, instrutora de cursos em mediação e gestora administrativa do Cejusc Ponta Grossa. Segundo ela, os conflitos podem ser tratados no âmbito processual, quando um dos envolvidos já entrou com um processo judicial ou no âmbito pré-processual, no qual não há processo, mas sim um convite para o diálogo, no qual as pessoas poderão se encontrar para tentarem juntas resolver seu problema. “Desta forma, com o auxílio de uma terceira pessoa ou de uma equipe, podem falar de suas necessidades e percepções sobre a situação e construírem juntas uma solução que atende a todos os envolvidos”, completa Mariana.
Além disso, de acordo com a professora Adriana, trabalhar a mediação com os alunos do curso de direito está diretamente relacionado com o Núcleo de Prática Jurídica da UEPG, polo avançado do Cejusc. “O projeto é coordenado por mim e são supervisoras as professoras Luana Márcia de Oliveira Billerbeck, Andressa Pacenko Malucelli e Regina Fátima Wolochn. Nele, os alunos já aprendem na prática como é utilizada a técnica de mediação de conflitos como uma forma consensual de administração da justiça”, completa. Mariana lembra, ainda, que em 2023 esse projeto recebeu o prêmio Conciliar é Legal, do Conselho Nacional de Justiça, em razão do serviço de mediação disponibilizado para a população.
“Tanto o Cejusc quanto o projeto da UEPG visam proporcionar o atendimento de alta qualidade da mediação, para o fim do exercício da autonomia das famílias quando dos momentos de mudança da configuração familiar, como em situação de divórcio, nascimento de crianças de pais e mães que não são um casal, necessidade de prover alimentos, entre outros”, finaliza a gestora administrativa do Cejusc.
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