A jornada de Milene como mãe foi marcada pelo luto, resiliência e, nas suas palavras, o encontro de almas. A professora do curso de Enfermagem da UEPG e coordenadora do Ambulatório de Saúde Integrativa da UEPG, Milene Zanoni, compartilha a vida ao lado da sua esposa, Edi, e seus filhos adotivos, Gabriela e Eduardo, após uma longa luta para se tornar mãe.
Antes da adoção dos filhos, Milene vivenciou três perdas gestacionais. Com elas, veio o luto e a necessidade de conviver com as frustrações. Após a perda, veio a Gabi, que entrou na vida de Milene aos três anos de idade como afilhada e, devido a questões da vida, como gosta de dizer, tornou-se filha. “Quando pergunto se ela prefere ser filha da barriga ou do coração, ela responde ‘do coração’, porque de lá vem o amor'”. Este não foi o único ensinamento que a Gabi trouxe para a professora. “Aprendi a ser autêntica e a conhecer o que há de melhor em mim mesma”, diz Milene.
Antes da vinda da Gabriela, Milene já estava inscrita na fila de adoção. Após 2.623 dias na fila, ela e Edi receberam a tão esperada ligação da Vara da Infância. Eduardo chegou em suas vidas aos onze dias de vida, pesando cerca de três quilos e meio. Na expectativa da chegada do segundo filho, Milene deu início ao tratamento para indução de lactação, que estimula o desenvolvimento de leite materno. Após o início da terapia e da tão aguardada vinda de Dudu, Milene testemunhou a realização do que considera um milagre. Nos seis meses seguintes, nutriu o bebê com alimento de seus próprios seios. “Materialização da força do amor”.
Milene declara que gosta de estar em família. “São a minha vida. Não tem coisa que eu goste mais do que vê-los felizes e se desenvolvendo bem, cada um com suas potências e limitações”. Ela descreve a maternidade como a jornada mais linda e, ao mesmo tempo, mais desafiadora que a vida lhe apresentou. Entre todas as funções que ocupa, como professora, pesquisadora e profissional de saúde, a maternidade é a que proporciona mais alegria a ela. “É o que que me move para trabalhar pela defesa das crianças e famílias e garantir que tenham acesso à saúde pública de qualidade”.
Contudo, conciliar todas essas atribuições profissionais com a maternidade é como equilibrar cem pratos sobre uma corda bamba, brinca. Milene destaca que a UEPG oferece um acolhimento maior a suas mães, com horários adequados e uma comunidade que compreende as demandas da vida familiar. Essas vantagens não significam que seja fácil. “Envolvo meus filhos na minha rotina universitária sempre que possível, permitindo-lhes entender meu trabalho e apreciar o ambiente acadêmico. Vejo que a UEPG tem crescentemente se preocupado com temática da equidade de gênero”, alerta.
“Ubuntu”, palavra do idioma Zulu, falado no continente africano, resume a experiência de Milene como mãe. A expressão resgata a importância dos indivíduos recordarem que fazem parte de um coletivo. “O que eu aprendi que tem me ajudado a melhorar minha saúde mental é que não estamos sozinhas. Na medida em que nos unimos, compreendemos nossas forças e fraquezas, conseguimos pedir ajuda e reconhecemos quem está ao nosso lado”. A conclusão que Milene chega com a maternidade é que as mães não precisam ser perfeitas, mas humanas. “Somos perfeitas nas nossas imperfeições”, completa.
Câmara Comissão aprova projeto que permite ao fiador de contrato do Fies acessar extrato e quitar dívida
Ensino Superior UENP empossa 13 novos docentes e chega perto de atingir todo quadro de efetivos
Oportunidade Mestrado Profissional em Direito está com inscrições abertas
Residência médica HU abre 79 vagas para Residência Multiprofissional e Uniprofissional
Educação Aprendizagem na educação básica ainda não retomou níveis pré-pandemia
Educação Enem: prazo para pedir isenção da inscrição é ampliado para 2 de maio
Cotidiano com Tiago Como agilizar seus serviços de habilitação sem complicação nem perda de tempo
Ficaflix 'Superman' estreia dia 19 de setembro na HBO Max
Na Fama com Thiago Michelasi Adib Abdouni destaca impacto da Ação Penal 2668 no Supremo Tribunal Federal
Somos Homo Ludens - Por Rodrigo Charneski Mahy-ra: uma heroína brasileira nasce no coração da Amazônia