Você sabe o que é disfagia? Ou, então, qual a dificuldade que um paciente disfágico possui? Para dirimir qualquer dúvida dos profissionais de enfermagem que trabalham no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG), as equipes de fonoaudiologia e nutrição ministraram uma capacitação sobre o tema, na última quinta-feira (25). A disfagia é definida como a dificuldade de levar o bolo alimentar da boca até o estômago, o que causa tosse, engasgos e sensação de que algo está preso na garganta.
As profissionais do HU que promoveram a capacitação foram as fonoaudiólogas Gabriele Chemin e Yasmin Batista e a nutricionista Vanessa Ferreira. Segundo elas, o principal objetivo foi o de capacitar e sensibilizar as equipes sobre a oferta segura por via oral e os cuidados de nutrição e hidratação em pacientes disfágicos e/ou com risco de broncoaspiração.
Para realizar a ação, as equipes do HU convidaram as nutricionistas Aline Canabrava Huck e Bárbara Weyhe para repassar o conteúdo. O residente em fonoaudiologia, Gabriel Seliger, também participou. Um carrinho foi montado com diversos alimentos com texturas diferentes e os profissionais de enfermagem puderam provar, inclusive, para sentir a diferença.
“Um dos principais desafios para profissionais que cuidam de pacientes disfágicos é garantir que tenham acesso não apenas a uma nutrição adequada do ponto de vista de sua composição, mas também da sua consistência e via de administração com aporte nutricional adequado. Para tanto, toda a equipe deve receber capacitação de rotina para ser capaz de identificar os riscos de disfagia e sinais de broncoaspiração; garantir que o paciente receba a dieta via oral na consistência correta e segura conforme prescrição da Nutrição após avaliação da equipe de Fonoaudiologia; e adequar o posicionamento e modo de oferta da dieta a fim de garantir uma deglutição segura”, afirma a fonoaudióloga Gabriele.
Para a nutricionista Vanessa, os funcionários foram receptivos e, ao longo da capacitação que foi realizada de forma prática em todos os andares das clínicas médicas do HU, foram demonstrando o interesse e atenção aos cuidados da equipe multiprofissional para esse público de pacientes, pontuando dificuldades enfrentadas e discutindo sobre melhorias no processo.
“É importante considerar também os desafios da aceitação do paciente disfágico, validar as barreiras enfrentadas pelo indivíduo, como adequar sabores, e trabalhar de forma multidisciplinar para que essa adaptação ocorra da melhor maneira possível. A complexidade e importância de assistir o paciente disfágico é fundamental, fazendo a detecção precoce do sintoma, avaliação da gravidade e adoção de condutas adequadas para sua segurança, nutrição e posterior reabilitação”, finaliza a fonoaudióloga Yasmin.