Estudantes da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa estão atuando para combater a dengue e o mosquito Aedes Aegypti. O trabalho faz parte do currículo escolar e começa com a mediação dos professores, seguido de pesquisa, atividades em sala, experiências e saídas de campo para eliminar focos e conscientizar a comunidade.
Em cada CMEI ou Escola, diversas atividades estão sendo realizadas pelos alunos. Um exemplo está ocorrendo na Escola Municipal João Maria Cruz, onde os estudantes do 5º ano aprenderam a fabricar repelentes contra o inseto. A experiência foi conduzida pela especialista Rosi Zanoni da Silva, professora aposentada do curso de Farmácia da UEPG, por meio de um projeto de extensão universitária para a divulgação científica. A Farmacognosia, área da professora, estuda as plantas medicinais.
Na próxima quinta-feira (21), os estudantes irão completar a atividade distribuindo frascos do repelente para a comunidade, em uma blitz contra a dengue na frente da escola.
O repelente caseiro utiliza apenas botões de cravo-da-índia, álcool e um óleo, que pode ser para bebês ou vegetal. Para fazê-lo é necessário misturar o álcool e os cravos, aguardar o processo de maceração e depois de alguns dias adicionar o óleo para borrifar no corpo. “O cravo é extremamente eficiente, por ter um aroma muito forte, tem poder repelente e também é inseticida para fungos e bactérias”, conta a professora.
Gleoceia Rodrigues, professora do 5º ano, conta que os alunos utilizaram os computadores do Laboratório de Aprendizagem Criativa da escola para pesquisar o assunto. “Vimos a falta deste produto nos supermercados e que poderíamos estudar um repelente que fosse acessível e pudesse ser feito por eles. Já sabiam os sintomas e os cuidados, então neste ano estudamos com esta nova abordagem”, relata.
A aluna Alice Domingues Antunes conta que a experiência é uma evolução do aprendizado que ocorreu nos anos anteriores. “Agora estamos aprendendo mais do que no ano passado, sobre como se faz o repelente e sobre as outras doenças que o mosquito também transmite, a chikungunya e a zyka. Agora é mais interessante o assunto, porque estamos sabendo mais coisas e a turma está acompanhando”, disse ela.
Combatendo o mosquito
“Este é um trabalho extremamente relevante, pois a dengue é uma questão de saúde pública que não está melhorando. Os ovos do Aedes, depositados em ambiente de água, duram até um ano e meio, têm uma resistência muito grande, é difícil combater o Aedes. Ele tem dois ciclos, na água e no ar. Nesta atividade estamos aprendendo a repelir o inseto, mas o que é mais efetivo é o combate aos criadouros dos ovos, larvas e pupas, para que não cheguem na fase adulta”, explica a professora Rosi.
O trabalho também animou a estudante Antonela Gonçalves dos Santos Rodrigues. “Estou achando bem legal fazer o repelente caseiro. Dá para qualquer pessoa fazer, ela pode comprar os ingredientes se não tiver em casa. Eu acho que está bem perigoso por causa da dengue, tem que prevenir e não pode deixar pneus com água ou lixo descoberto e tem que deixar as coisas tampadas, cuidar dos pratinhos de flores e dos animais. Não é só tirar a água, também tem que lavar”, ensina Antonela.
Almanaque contra a dengue
Na Escola Djalma de Almeida César, os alunos receberam uma revista com atividades e informações sobre a doença. Depois, foram ao entorno da escola para identificar possíveis focos. “É um projeto que faz parte do programa Saúde na Escola. Trabalhamos todos os anos e, agora, com o aumento dos casos, demos mais ênfase. Fizemos a revista com as atividades para desenvolvimento em sala, para levar para casa e multiplicar a informação pela comunidade”, comenta a coordenadora pedagógica da unidade, professora Raiele Aparecida Letenski.
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