Com números cada vez maiores, bancos digitais vivem época de ascensão no Brasil

A inclusão digital trouxe muitas tendências que, em poucos anos, conseguiram conquistar o público e revolucionar o mercado. Uma delas foram os bancos digitais, instituições financeiras que não possuem agências físicas e operam exclusivamente dentro do ambiente virtual, oferecendo suporte e serviços via aplicativos.

De acordo com um levantamento do Bank of America, os chamados “neobanks” já acumulam mais de 1 bilhão de downloads no Brasil, contando desde 2012, época em que as primeiras instituições começaram a atuar no país. Nos 12 anos que se passaram, a variedade de bancos já é muito maior, mas 70% de toda a base de usuários se concentra dentro dos cinco mais populares.

O Bank of America estima que o Brasil já conta com mais de 180 milhões de usuários ativos de bancos digitais, um número que triplicou nos últimos cinco anos. O principal deles é o Nubank, um dos pioneiros do segmento no país, que concentra aproximadamente um terço de toda a base instalada, com 58 milhões de clientes ativos – ou seja, que movimentam suas contas com frequência.

O levantamento do Bank of America aponta um crescimento constante do Nubank, ganhando de forma consistente 10 milhões de usuários mensalmente desde 2019. Tratando-se da quantidade de downloads, o banco também lidera disparado há mais de três anos, ultrapassando a marca de 161 milhões de downloads acumulados.

O segundo neobank mais popular do Brasil é o PicPay, que acumula 116 milhões de downloads, seguido pelo Mercado Pago (87 milhões), PagBank (71 milhões) e Inter (63 milhões). O pico de novos clientes aconteceu em 2021, quando mais de 250 milhões de pessoas baixaram algum desses apps; desde então, houve uma queda gradual de crescimento, ainda que os números permaneceram aumentando.

De acordo com o Bank of America, o mercado de bancos digitais já vem apresentando sinais de estagnação, levando em consideração que a marca de 180 milhões de usuários foi atingida em 2022. Isso não representa uma queda ou prejuízo por parte das instituições financeiras, mas sim algo natural, decorrente de uma rápida ascensão e popularização de serviços do gênero.

A ascensão vivida pelos neobanks também criou milhares de oportunidades de empregos, tanto para profissionais graduados na faculdade de ciências contábeis quanto para especialistas em tecnologia, que também são indispensáveis nesse tipo de negócio. Proporcionar bases digitais seguras e fáceis de usar são alguns dos elementos priorizados pelas instituições que atuam no segmento.