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Ensino Pesquisa

Estudo global vai analisar as mudanças nas relações de trabalho

Pesquisa da União Europeia trará recortes em diferentes países; No Brasil, instituição de ensino vai conduzir levantamento de dados nos próximos três anos

05/03/2024 14h19
Por: Redação Fonte: Das assessorias
Reprodução/Pexels
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Quais são as principais *vantagens e desvantagens* dos trabalhadores que atuam como *motoristas de aplicativos*, que fazem entregas pontuais, *que prestam diferentes serviços de curta duração e sem carteira de trabalho assinada?*

*Esse é o principal questionamento de um estudo global intitulado* “_Economia Sob Demanda na União Europeia: Implicações Jurídicas, Econômicas, Socioculturais e Políticas_” que será realizado ao longo dos próximos três anos pela União Europeia e *terá recortes em diferentes países e continentes; incluindo o Brasil*.

A pesquisa vai analisar a chamada _Gig Economy_ [economia sob demanda], que é uma *tendência mundial em expansão* e abrange aqueles que deixaram o ambiente estável dos escritórios para conduzir a própria carreira. O estudo vai explorar possíveis medidas regulatórias que possam ser adotadas como melhores práticas em outras regiões.

Prós e contras

*Dentre os atrativos da Gig Economy estão a possibilidade de obter maiores salários, estipular o próprio valor da hora profissional e ter o controle da carga horária*. 

*Contudo* - por não haver vínculo formal empregatício - *o trabalhador não tem direito a receber benefícios como férias, 13º salário, vale-transporte, ticket alimentação e plano de saúde*. *_O equilíbrio entre os benefícios e os danos dessa nova ordem mundial trabalhista é o centro do estudo_*.

*Curso gratuito e online de Gig Economy*
*No Brasil, um recorte da pesquisa será conduzido pelo Centro Universitário Integrado*, que fica no município de Campo Mourão, no Noroeste do Paraná.

A instituição recebeu um subsídio de *30 mil euros* - concedido pelo programa de estudos e intercâmbios Erasmus 2023 - e *a quantia será utilizada para a realização de um curso de economia – gratuito e online - e levantamento de dados entre os anos de 2024 a 2026*.

Inscrições abertas

Os interessados podem se inscrever desde já pelo site https://gigeconomy.grupointegrado.br/ Para participar, *basta ter uma graduação completa ou em andamento*. 

Serão oferecidas apenas *50 vagas* e o curso será realizado de março a agosto deste ano. *As aulas remotas serão às sextas (noite) e sábados (manhã) e começam em 8 de março*. Em setembro haverá um evento de encerramento e a entrega dos certificados.

O curso terá 112 horas de ensino, 12 módulos [com tradução simultânea em português] e os materiais serão em inglês, português e espanhol. *Serão 4 professores brasileiros e 4 estrangeiros (Itália, México, Portugal e Rússia)*. Todos os docentes têm doutorado e experiências internacionais.

Também haverá ações de pesquisas, que vão *resultar em até três publicações científicas em revistas acadêmicas nacionais e internacionais, que contribuirão com a pesquisa global da União Europeia*.

“Esse é um ganho enorme para entender essa nova realidade do trabalho, uma vez que qualquer interessado do Brasil – que atende aos critérios exigidos – pode participar desse curso gratuito e de maneira online”, explica Fabrício Pelloso, head de Inovação e coordenador do Núcleo de Empreendedorismo, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Integrado.

A segunda e a terceira turma dessa formação online acontecem em 2025 e 2026, também com 50 vagas disponíveis em cada ano. 

Banco de dados compartilhados

Com essas atividades, a instituição de ensino brasileira vai *ajudar a desenvolver um banco de dados de código aberto* – que poderá ser visualizado, baixado, modificado, distribuído e utilizado - com informações sobre práticas locais de economia sob demanda.

*Os dados e conclusões destas interações vão se tornar fontes para a criação de políticas públicas acertadas, dentro dos valores que envolvem o respeito pela dignidade humana, a liberdade, a democracia e a igualdade*. 

Os resultados dessas pesquisas estarão na plataforma do projeto Erasmus. Neste local, o público poderá acessar uma exibição completa das informações e ver o conteúdo.

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