Rita de Cássia da Silva nasceu no Rio Grande do Sul e passou a sua infância em Canoas, fase da vida em que sonhava em viajar pelo mundo. Já na adolescência, após sua mãe ter passado em um Concurso, morou em Criciúma, no sul de Santa Catarina. Determinada desde muito cedo, fez curso de Comissária de Bordo e foi selecionada para trabalhar na extinta Varig, onde voou por mais de 10 anos. Entre um voo e outro, a comissária prestou vestibular para Direito e estudava na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, base onde residia. “Meus colegas não entendiam como eu podia realizar os meus trabalhos em pleno voo, sem desistir”, relembra Rita.
Quando a Varig faliu e demitiu todos os colaboradores, a jovem advogada auxiliou diversos colegas nos processos de indenização contra a maior companhia aérea do Brasil da época. “Foi um período muito complicado. Felizmente, eu consegui me recolocar em uma companhia aérea executiva, mas muitos colegas ficaram sem nada de uma hora para outra. Muito triste”, relembra.
Durante os voos na nova companhia aérea, Rita era consultada por outros comissários que tinham dúvidas sobre questões jurídicas. “Eu sempre esclarecia dúvidas dos Tripulantes em diversas questões, e foi aí que percebi que valeria a pena abrir mão de estudar para a Magistratura e ter um escritório para monetizar o meu conhecimento”, explica Rita.
A advogada, então, começou a trabalhar em uma Empresa como Consultora Jurídica na área Empresarial Previdenciária e Trabalhista. Mais tarde em seu próprio escritório, passou a atender Aeronautas e aeroviários espalhados pelo mundo, visto que ela mesma conhecia profundamente as dores desses trabalhadores. “Fui aeronauta com muito orgulho e aprendizado por quase 15 anos, portanto, tenho facilidade com as demandas e principalmente com a legislação específica. Até hoje ministro aulas de Direito Aeronáutico para a melhor Escola de Aviação do Rio de Janeiro – a JetClass. Atuo em casos de acidentes aéreos, os quais possuem procedimentos e normas especiais, muitas delas regidas pela ANAC e CENIPA. Efetuo Planejamento Previdenciário nacional para aposentadoria futura e internacional, afinal, muitos aeronautas migraram de país após a falência da Varig, e estão por todo o mundo. Além disso, esse setor tem situações muito específicas e eu as conhecia, por isso, os colegas me procuravam para auxiliá-los nas questões trabalhistas e de aposentadoria”, esclarece.
Carreira internacional bate à porta
Mas o destino guardava algo ainda maior para Rita de Cássia da Silva. A advogada de raízes africana foi morar no Peru, onde permaneceu por cinco anos, e lá iniciou o aprofundamento dos seus estudos em expatriação e imigração de brasileiros. Mais uma mudança veio, desta vez para Nova York, nos Estados Unidos. Já acostumada com a atuação a distância, Rita deu ênfase a sua carreira internacional e passou então a atender brasileiros que moravam fora do Brasil e que buscavam auxílio jurídico nas áreas de Imigração, Família, Previdência Social e até Compliance. Atende também Empresas que queiram internacionalizar seus serviços. “O Brasil possui 4,5 milhões de brasileiros no exterior e somente uma lei, a 7.064/82, que dispõe sobre a situação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no exterior. Aos poucos comecei a atender também empresas, e de lá para cá, não parei de estudar acordos e tratados internacionais, convenções e a escrever sobre o tema”, afirma a advogada.
A advogada também se registrou na Ordem dos Advogados em Portugal pelo Conselho Regional de Lisboa e se tornou membro do Conselho das Sociedades de Advogados da Europa. Idealizou o Internazionale – Comunidade de Estudos de Direito Internacional que conecta mais de 70 advogados em 10 países e é Fundadora do STRATEGIA - Programa de Internacionalização da Advocacia. “O Direito Internacional é um oceano azul, pouco explorado. Quem sabe como trabalhar não compartilha. Quem fala várias línguas e entende os Tratados Internacionais, se sobressai. Acabei sendo solicitada para casos também na Europa, América do Sul e Norte, Oceania e Ásia. Isso me abriu portas para atuar cada vez mais no velho continente”, revela.
O reconhecimento foi tanto que a advogada recebeu, no último mês de setembro, o troféu de Melhor Advogada Brasileira no Mundo, no Parlamento Britânico. “Foi um momento extraordinário. Fiquei extremamente honrada e feliz por ter meu trabalho reconhecido dessa forma, especialmente em um cenário internacional tão respeitado como o Parlamento Britânico. Senti que todo o esforço e dedicação ao longo da minha carreira como advogada valerem a pena, foi um momento que jamais esquecerei”, alegra-se.
Para Rita, expatriar ou imigrar é um ato de coragem. “Sair da nossa zona de conforto é uma decisão dura e arriscar em uma expansão de carreira internacional foi uma jornada repleta de desafios, mas também de aprendizados e crescimento. Foi uma decisão que tomei com determinação e disposta a me adaptar às diferentes culturas, principalmente no âmbito jurídico, visto que cada nação possui suas próprias regras, tradições e nuances legais, o que exige uma constante atualização. Foi como aprender um novo idioma legal em cada destino”, finaliza.
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