Os coworkings são espaços compartilhados e colaborativos voltados para a integração de profissionais de diferentes áreas de atuação. Não por acaso, seu público-alvo alcança empreendedores, demais trabalhadores e estudantes em busca de um ambiente funcional e favorável tanto para networking, quanto para desenvolver suas atividades e negociações.
O conceito, embora não seja novidade no mercado, ainda é pouco difundido. Até porque, a maioria pertence à iniciativa privada como investimento lucrativo. Ou seja, o acesso é restrito àqueles que alugam o local, seja por diária, mensalidade ou outros acordos. No Brasil, poucas cidades oferecem o serviço de coworking público, mas são iniciativas importantes e capazes de inspirar a implantação de projetos semelhantes.
Acesso gratuito
Embora alguns dos coworkings públicos nacionais tenham sido criados a partir da iniciativa de gestões de nível federal, estadual e municipal, eles não são unanimidade. Empresas privadas, comunidades e organizações são outros agentes transformadores, responsáveis por garantir acesso gratuito para pequenos empreendedores e demais profissionais liberais.
Entre algumas das cidades em que é possível encontrar espaços de trabalho compartilhados com uso público estão Jundiaí (SP), Alagoinhas (BA), Brasília (DF), Goiânia (GO), Manaus (AM), Fortaleza (CE) e Curitiba (PR). O Worktiba da capital paranaense, inclusive, foi o primeiro da modalidade a abrir no país, ainda em 2017, a partir do poder municipal.
O cenário da covid-19 acelerou o processo de popularização do trabalho remoto e, por consequência, contribuiu para o fortalecimento dos coworkings, sobretudo quando houve o início da flexibilização. A unidade do Orion Parque Tecnológico em Lages (SC) é um exemplo dessa mudança, pois esse coworking público foi aberto em 2020 após os impactos da pandemia entre os pequenos empreendedores e o comércio regional e local.
Funcionamento
De modo geral, à primeira vista, os coworkings se assemelham aos escritórios convencionais, mas com estações de trabalho abertas. Assim, como são compartilhadas, é possível dividir uma mesa com profissionais liberais de áreas distintas, condição intrínseca de favorecimento à ampliação do networking.
Essa alternativa ajuda diretamente àqueles que não possuem condições financeiras para ter um espaço físico próprio ou apropriado para desempenhar a sua função. Nas unidades, além das mesas e cadeiras, tem-se projeto paisagístico, refrigeração, iluminação, conexão à internet e ao wi-fi e, a depender da gestão, cafeterias e salas privativas. Por isso, são utilizadas recorrentemente para reuniões de novos contratos ou com clientes.
Por não ter normativas ou legislação de nível nacional, cada local estabelece regras de acesso e uso dos ambientes. Então, cabe ao interessado procurar a administração para obter as orientações e informações fundamentais. Apesar de não ser usual, existem lugares que oferecem serviços diferenciados e complementares como impressoras, notebook e demais ferramentas de trabalho.