A inadimplência é a falta de pagamento de uma empresa até um prazo previamente estabelecido. Então, se o cliente não paga o valor necessário até o dia acordado, ele se torna um inadimplente. A falta de pagamento por parte da clientela é sempre uma preocupação para os empresários.
Segundo uma Pesquisa realizada pelo Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) em várias regiões do Brasil 01 a cada 10 pequenas e Médias Empresas (PMEs), uma declara ter inadimplência superior a 10%, considerandos atrasos de pagamentos acima de 90 dias. Esta inadimplência tem maior concentração entre pessoas na faixa etária entre 21 a 40 anos, segundo informações da Pesquisa Nacional sobre Liquidação de Cheques.
Dentre os fatores que puxarão o índice para cima estão relacionados aos efeitos econômicos que impactarão a economia pós-pandemia Covid-19, dentre eles estão a alta da inflação e dos juros, bem como o encolhimento da economia e do mercado de trabalho.
Segundo Adriana Pepes, consultora de finanças da Resolve Financeiro, os pequenos negócios são os que mais sofrem. "Para os microempreendedores, os atrasos no pagamento podem reduzir o fluxo de caixa e até forçar o gestor a recorrer a empréstimos, que sabidamente tem taxas bem altas e comprometem seriamente a saúde financeira dos pequenos negócios. Criar estratégias para fugir dessa faixa de risco sem perder vendas requer precaução", afirma a especialista.
A consultora separou 6 dicas que listamos para te ajudar a diminuir a inadimplência na sua empresa. Confira abaixo:
1 – Disponibilize opções de pagamento em cartão: uma venda mal feita impacta diretamente no fluxo de caixa, é imprescindível ter opções de pagamento que diminuam esses riscos.
2 – Consulte os serviços de análise de crédito: consultar os serviços de análise de crédito para saber a quantas anda a situação financeira do cliente é ação imprescindível, já que revela pendências de pagamentos, protestos e outros problemas de restrição.
3 – Tenha o histórico do cliente sempre em mãos: seja por controles manuais feitos em planilhas ou softwares, tenha sempre o histórico de seus clientes em mãos para diferenciar quem sempre pagou corretamente dos maus pagadores. Às vezes, um cliente que “dá calote” não vale a pena ser mantido.
4 – Valorize os bons pagadores: pode servir de estímulo para pagamentos antecipados com descontos ou outras formas mais flexíveis de cobrança. Oferecer alternativas para quem realmente teve um problema e não conseguiu cumprir o pagamento na data de vencimento deve fazer parte de sua estratégia.
5 – Implemente um sistema de cobrança eficaz: tenha um sistema de cobrança eficaz que alerte o inadimplente sobre a dívida logo no primeiro dia de atraso, sempre de forma ética e amigável. Se as cobranças automáticas não funcionarem, logo na primeira semana entre em contato com o cliente, sempre de forma amigável e procure saber o que esta acontecendo. Pense em possibilidades de renegociação para oferecer ao cliente.
6 – Nunca venda sem nota fiscal: te expõe ao risco de fiscalização e multas. Além do fato da prática ser um crime, há ainda outro agravante: sem nota fiscal, o empreendedor fica sem nenhum amparo da lei para lidar judicialmente com o cliente inadimplente, ou seja, você não consegue incluí-lo nos órgãos de proteção ao crédito.
7 – Mantenha as finanças organizadas: a gestão eficaz das contas é fundamental para manter as contas a pagar e a receber com a devida organização. Investir em um sistema de gestão e na terceirização das rotinas financeiras com uma empresa especializada para a administrar as finanças são ações mais que recomendadas.
Vale lembrar que as dicas não zeram a inadimplência, mas diminuem bastante seus riscos. Como diz o ditado popular, prevenir é sempre melhor do que remediar. Minimizar os efeitos que os maus pagadores podem causar deve fazer parte do gerenciamento de riscos de qualquer negócio.