“A Revolução do Café Brasileiro - Regiões com Indicação Geográfica", esse é o título de uma obra cultural inédita no Brasil, resultado de uma jornada fotográfica por paisagens exuberantes registradas por Marcelo Coelho, e dezenas de entrevistas com personagens realizadas por Michelle Dufour que tornaram as regiões brasileiras produtoras de café com Indicação Geográfica (IG) uma referência no cenário global. O lançamento oficial do livro acontece na Semana Internacional do Café (SIC), até 22 de novembro, em Belo Horizonte.
Nos últimos anos, o Brasil vem passando por uma verdadeira revolução em toda a cadeia cafeeira, da produção ao consumo, reconhecido não somente como o maior produtor mundial, mas também pela excelência em qualidade, sustentabilidade e inovação de seus produtos. Os consumidores acompanham essa trajetória de mudança ao exigirem maior transparência e responsabilidade socioambiental. O livro retrata um pouco desse panorama.
“A Revolução do Café Brasileiro - Regiões com Indicação Geográfica" apresenta, em 300 páginas com texto em português e inglês, informações técnicas sobre cada terroir, números que traduzem o impacto socioeconômico das IG’s na cafeicultura brasileira, além de histórias saborosas do universo cafeeiro.
“Essa obra inédita é uma verdadeira vitrine cultural que traduz a simplicidade sofisticada do café brasileiro e mostra que, ao tomar uma xícara de café, estamos bebendo histórias, sabores, identidades, experiências sensoriais e origens”, ressalta Juliano Tarabal, editor do livro, engenheiro agrônomo e diretor-executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.
Abrangendo os estados de Rondônia, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná, cada uma das 14 regiões apresentadas no livro carrega características únicas, resultado de seu terroir, das técnicas de cultivo locais traduzidas em um saber fazer, que conferem exclusividade ao apreciador de café e demonstram a diversidade do produto brasileiro. Além disso, todas têm em comum um selo que reconhece a sua origem e atesta a qualidade e a singularidade dos frutos cultivados nessas praças.
As regiões são: Alta Mogiana, Caparaó, Montanhas de Minas, Matas de Rondônia, Mantiqueira de Minas, Montanhas do Espírito Santo, Pinhal, Cerrado, Garça, Campos das Vertentes, Conilon Capixaba, Sudoeste de Minas, Canastra e Norte Pioneiro do Paraná.
A obra cultural convida os leitores a fazerem parte desta revolução em uma viagem sensorial pela diversidade e excelência do café brasileiro, que é patrimônio nacional. E o projeto que foi viabilizado por meio da Lei Rouanet, com o patrocínio do Sicoob - Sistema de Cooperativas Financeiras.
“Para o Sicoob, participar dessa obra é muito mais do que demonstrar apoio a um projeto nacional; a iniciativa é convergente com o nosso compromisso de contribuir para o desenvolvimento do país, impulsionando o empreendedorismo e gerando prosperidade e bem-estar nas diferentes regiões. Valorizamos o impacto positivo da cultura cafeeira, que, para além da repercussão econômica, é aliada da sustentabilidade e transforma a realidade de milhares de famílias brasileiras”, ressalta Enio Meinen, Diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob.
Peculiaridades regionais que encantam
A implacável geada de 1975 que atingiu o Norte Pioneiro, no Paraná, destaca a região pela superação. Já o emprego de técnicas sustentáveis pode ser encontrado no Cerrado Mineiro, primeiro a receber o selo de Indicação Geográfica, como também em Matas de Minas e Mantiqueira de Minas. Em Rondônia, vale ressaltar como a única região no país com indígenas e que possui técnicas ancestrais de cuidado com o solo.
A inovação se faz presente no DNA de Alta Mogiana, na divisa de São Paulo com Minas Gerais, reconhecida pela excelência de seus grãos finos. Já o talento feminino e a força da nova geração no campo são traços marcantes de Campos das Vertentes, no coração do estado mineiro.
Ao sudoeste de minas, a tradição é um diferencial da Serra da Canastra, que tem em Seu Walter, de 94 anos, seu maior representante e em plena atividade, mostrando que é possível conciliar experiência e inovação compartilhada por até 5 gerações na lavoura.
Café brasileiro e o mercado
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, responsável por cerca de 40% da produção mundial (USDA, 2024), e o segundo principal consumidor. Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Rondônia são as regiões que concentram os maiores produtores de café do país, respondendo por 97% da produção brasileira.
De acordo com cálculos realizados pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA, 2024), o Valor Bruto da Produção (VBP) de café em 2024 está estimado em R$ 64 bilhões, o quarto maior VBP agrícola do país, atrás apenas de soja, milho e cana-de-açúcar. A produção brasileira de café na safra 2024 está estimada em 58,8 milhões de sacas de 60 kg.
No país, existem mais de cem Identificações Geográficas registradas em todas as regiões, sendo que o café é o produto com maior número de IGs em território nacional.
Livro: “A Revolução do Café Brasileiro - Regiões com Indicação Geográfica"
Direção Geral e Produção Executiva: Fernanda Del Guerra e Soraya Galgane
Editor: Juliano Tarabal
Co-Editor: Enrique Alves
Entrevistas e Textos: Michelle Dufour
Fotógrafo: Marcelo Coelho
Criação, projeto gráfico e diagramação: Guilherme Seara
Infográficos: Oriana Panicali
Realização: Pink Produções Ltda
Patrocínio: Sicoob
Apoio de divulgação: Sebrae, Instituto CNA e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
*Após o lançamento oficial na SIC, o livro será disponibilizado para compra em plataformas digitais de leitura e distribuído em livrarias pelo Brasil. Para mais informações, o telefone de contato é 11 2645-7191.
Preço na SIC: R$ 100
Lançamento: Semana Internacional do Café (SIC)
Dia: 22/11 às 15h - Grande auditório – Cerimônia do Coffee Of The Year
À venda na livraria da feira
Sinopse do livro:
Que tal um cafezinho?
O café é um convite à pausa, aos encontros e à apreciação dos pequenos e grandes prazeres da vida. Esta bebida milenar está em constante evolução e vive a chamada “quarta onda”, que defende a valorização de sua origem, associando à região produtora atributos e características que só podem ser encontradas naquele terroir. O selo atesta a qualidade do fruto, a sustentabilidade no manejo, sabores singulares e, acima de tudo, a dedicação de cafeicultores, da planta à xícara, que transformam cada grão em uma experiência sensorial única. E são as pessoas as protagonistas do livro “A Revolução da Cafeicultura Brasileira-Regiões com Indicação Geográfica", resultado de uma jornada fotográfica por paisagens exuberantes e dezenas de entrevistas com personagens que fazem de 14 regiões brasileiras de cafés com Indicação Geográfica referência por excelência do setor. A obra é um convite a explorar a diversidade e singularidade dos cafés plantados no Brasil e degustados no mundo inteiro.