As mulheres vêm conquistando na ciência atual lugares de fala antes negados. Porém, durante muitos séculos elas foram silenciadas, queimadas vivas em fogueiras e tratadas intelectualmente de forma inferior aos homens. Desde criança, a menina é treinada para se sentir frágil, o ato de consagrar que meninas brincam de casinha e meninos de carrinho, escancara uma sociedade machista e doutrinadora. E ao crescer em um ambiente velado, as meninas são treinadas a não terem inclinação para os cursos de exatas e de engenharias, pois essa não seria uma função que elas teriam capacidade de desenvolver, e muitas delas acreditam.
Essa relação imposta pelo patriarcado, é arraigada na vida das mulheres desde o início da sua alfabetização, até o momento em que elas são inseridas na atividade acadêmica. Os autores Porro e Arraigo (2011), trazem que de todas as violências sofridas pelas mulheres, a menos discutida é a violência no ensino. O Instituto Serrapilheira, recentemente, lançou uma pesquisa que mostra que as mulheres vêm crescendo em representatividade, mas ainda são a minoria dentro das ciências.
No Brasil temos desde 2006, o portal de divulgação científica Ciência & Mulher, desenvolvido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para enaltecer o papel das mulheres cientistas, e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 2013 publica séries de mulheres brasileiras na ciência. Com essas informações, temos uma falsa sensação de progresso, porém ainda existe um caminho árduo a ser trilhado.
O problema da invisibilidade da mulher na ciência é cultural, pois o capitalismo, o colonialismo e o patriarcado promoveram o epistemicídio (termo criado para explicar a invisibilidade implantada pelo conhecimento ocidental dominante), que apaga a história das mulheres e contribui para o sexismo dentro das áreas elitizadas pelo sexo oposto. Em pleno século XXI, em um mundo pós pandêmico, onde tivemos uma ascensão meteórica das mulheres no desenvolvimento da vacina da Covid-19, ainda temos que lutar contra a discriminação dos saberes desenvolvidos pelas mulheres, nos mais diversos âmbitos da vida e da ciência como um todo. Enquanto não houver políticas de inclusão massivas nas instituições de ensino, desde a primeira etapa da educação, até o nível superior, será difícil mudar essa realidade tão mascarada dentro das diversas instituições.
Graziele Aparecida Correia Ribeiro é professora da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter
Roberto Aguilar Souza Junior é professor da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.
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