Você sabia que em 1º de agosto de 1843 entrava em circulação o primeiro selo no Brasil? Os “Olhos-de-Boi”, como foram chamados, eram arredondados e foram feitos em três tarifas: 30,60 e 90 réis – moeda em vigência na época. Por causa disso, a data ficou instituída como o Dia Nacional do Selo. Antigamente, usados para comprovar o pagamento da taxa do serviço postal, hoje tornaram-se itens de colecionador.
Os selos, ao longo dos anos, foram apresentados em diversas estampas. Os Correios emitiram, inclusive, várias edições comemorativas. Algumas delas em homenagem a personalidades e datas importantes.
No que diz respeito a manifestações artísticas, por exemplo, pode-se encontrar selos alusivos ao centenário de nascimento de Candido Portinari (2003); às paisagens do Brasil retratadas por Taunay, Frans Post e Victor Meirelles; ao bicentenário de Debret (1968); e até à arte ancestral brasileira das pinturas rupestres.
Daniel Azulay
Em 2022, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) homenageou o artista plástico Daniel Azulay – falecido em 2020. Formado em Direito, também atuou como desenhista, escritor, pintor, músico e educador.
Em parceria com os Correios, dirigiu o filme “Uma viagem pelo universo dos Selos”, que foi levado às instituições de ensino de todo o Brasil, por vários anos, no contexto do Projeto Filatelia nas Escolas. De forma lúdica, a obra trazia a importância dos selos na formação intelectual de crianças e jovens. Azulay também deixou a sua contribuição para a Filatelia brasileira, como as emissões do Dia do Selo de 1977 e do Natal de 1992.
Modernismo
Em 1922 acontecia, em São Paulo, a Semana de Arte Moderna. Considerado um dos marcos artístico-culturais mais importantes do país, o evento apresentou uma arte “mais brasileira”. Além disso, houve uma mudança estética e o surgimento do Movimento Modernista. Nomes como Anita Malfati e Di Cavalcanti estiveram presentes na data histórica e possuem suas artes retratadas em selos.
Em 2022, ano em que se celebra o Centenário da Semana de Arte Moderna, os Correios lançaram, em parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), quatro selos, representando as principais expressões presentes no evento: literatura, artes plásticas, música e arquitetura. Eles podem ser conferidos na página criada para o tema .
Não foram só os modernistas que tiveram obras estampadas em selos. O artista impressionista Eliseu Visconti foi outro grande colaborador da filatelia brasileira, tendo confeccionado duas séries de selos no começo do século XX.