O Balé Teatro Guaíra (BTG) encerrou agosto com duas noites de casa cheia no Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha). No sábado (30) e no domingo (31), todos os 472 lugares foram ocupados por um público entusiasmado que aplaudiu de pé as apresentações de "V.I.C.A.", da coreógrafa Lili de Grammont, e a pré-estreia de "Stol – Uma Questão de Confiança", criação inédita de Alessandro Sousa Pereira.
Após a prévia realizada para alunos da rede pública durante a semana, os espetáculos também tiveram uma recepção calorosa do público que comprou ingressos, confirmando a expectativa de sucesso: os bilhetes estavam esgotados desde a semana anterior.
A educadora física Daniela Lopes Machado, que acompanha o trabalho da companhia, destacou o impacto das coreografias. “É muito diferente o movimento corporal de um espetáculo para o outro. 'V.I.C.A.' é surpreendente pela mistura com a holografia e os movimentos são mais leves. E 'Stol' tem uma força, um vigor físico, eu não conseguia encostar as costas na cadeira”, disse.
Para o professor e dançarino Lian Volochen, a cenografia da nova montagem acrescentou elementos à experiência. “A quebra do chão preto do linóleo pelo gramado artificial e o uso das máscaras criaram uma atmosfera densa, de tensão. Foi impressionante, eu fiquei quase cansado só de ver a força dos bailarinos. Já em 'V.I.C.A.', o jogo de projeções deu profundidade e abriu novas leituras da coreografia. Saí admirado.”
A professora Beatriz Cândida também elogiou a diversidade de propostas das duas obras. “Eu achei incrível como 'V.I.C.A.' apresentou aqueles conceitos ambíguos que temos em nosso dia a dia e a gente ignora, e como a gente tem que lidar com eles, mesmo estando em nossas costas e vão guiando a nossa vida. E em 'Stol' a gente fica tenso, quando eu percebi, não estava respirando direito”, contou.
SOBRE OS ESPETÁCULOS– Apresentado pela primeira vez em 2023, "V.I.C.A." reflete sobre os dilemas da era contemporânea marcada pela volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade do mundo pós-pandemia. A obra já percorreu cidades do Paraná e integrou a abertura da temporada 2025 da companhia em Portugal.
"Stol" estreou em meio a uma agenda internacional – feito inédito para a companhia. Enquanto parte do elenco dançava no Guairinha, outro grupo se apresenta no Festival Sommerballet, em Klampenborg, na Dinamarca, onde segue até o dia 14 de setembro. O público dinamarquês também assiste a Castelo, criação de Alessandro Sousa Pereira que já percorreu São Paulo e Portugal neste ano.
“É um projeto complexo, ambicioso, e temos o prazer de mostrar a arte realizada aqui no Centro Cultural Teatro Guaíra para o nosso público, do Paraná, e para o mundo. Não é algo trivial o que está acontecendo, e acredito que o Balé Guaíra tem feito um excelente trabalho como embaixador das artes produzidas no Paraná”, afirma Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do BTG.
Stol, que significa tanto “cadeira” quanto “confiança” em dinamarquês, reflete os contrastes entre natureza e criação humana. Ao som do clássico Bolero, de Ravel, os bailarinos exploram esses embates em cena, interagindo com os objetos e com máscaras que cobrem o rosto, criando imagens que mesclam força, fragilidade e transformação. Após o sucesso local e internacional, a montagem volta aos palcos no início da temporada 2026.
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