Preparar assados em casa é prazeroso, mas também pode se tornar um dos momentos de maior desperdício de gás se alguns cuidados forem ignorados. O forno, quando bem utilizado, entrega bons resultados com mais eficiência, sem sobrecarregar o orçamento no fim do mês.
Alguns hábitos comuns, como pré-aquecer por tempo demais ou abrir a porta com frequência, aumentam o consumo de gás sem trazer nenhum benefício real ao prato. A boa notícia é que dá para ajustar tudo isso com pequenas mudanças na rotina.
Muitos ainda acreditam que quanto mais tempo pré-aquecendo, melhor o resultado do assado. Na prática, o tempo ideal de pré-aquecimento é de cerca de 10 minutos, dependendo do modelo do fogão. Assim, deixar o forno ligado sem necessidade só gasta gás.
Receitas que exigem calor intenso desde o início, como massas folhadas ou pães, realmente precisam de pré-aquecimento. Mas outras podem ir direto ao forno, desde que a temperatura esteja subindo de forma gradual e controlada.
Evitar esse excesso traz economia e, muitas vezes, melhora o resultado, evitando alimentos queimados por fora e crus por dentro.
Esse é um dos erros mais comuns e mais prejudiciais. Cada vez que a porta é aberta, boa parte do calor vai embora. O forno precisa gastar ainda mais gás para recuperar a temperatura, o que causa variações no cozimento e aumenta o tempo total.
Além de gastar mais, esse hábito afeta a textura e o ponto do alimento. Os assados podem ficar secos ou mal passados. O ideal é verificar o ponto do prato apenas nos momentos-chave, usando uma luz interna ou um termômetro para acompanhar o progresso sem interferir no calor.
É tentador aumentar a temperatura para acelerar o processo, mas isso raramente funciona. Os assados precisam de tempo para desenvolver sabor e textura. Subir o grau não reduz o tempo com qualidade. Pelo contrário: aumenta o consumo de gás e pode comprometer o prato.
Temperaturas muito altas ressecam carnes, queimam massas e endurecem legumes. Usar o fogo certo desde o início é mais eficiente, mais econômico e garante melhores resultados.
Seguir a temperatura recomendada nas receitas ou usar um termômetro de forno ajuda a manter o controle do processo.
A desorganização na hora de cozinhar também impacta no uso de gás. Colocar o prato no forno antes de separar os ingredientes ou sem saber o tempo exato de preparo faz o aparelho ficar ligado além do necessário.
Ter clareza do tempo de cozimento, ajustar a altura da grade e saber o momento certo de desligar são detalhes que economizam gás.
Também vale a pena usar o calor residual. Em muitos casos, o forno ainda mantém boa parte da temperatura por alguns minutos após desligado. Isso é suficiente para finalizar o preparo sem gastar mais.
Assadeiras muito grandes ou muito pequenas para a quantidade de alimento exigem mais tempo e energia para atingir o ponto certo. Materiais como vidro e cerâmica seguram mais o calor, o que pode ser vantajoso em certos pratos, mas também podem exigir ajustes de tempo e temperatura.
Evitar o uso de recipientes frios direto no forno ajuda a manter o aquecimento constante. Além disso, utensílios sujos ou com resíduos queimados dificultam a distribuição do calor e forçam o aparelho a trabalhar mais.
Usar utensílios adequados ao tamanho do alimento e manter tudo limpo contribui para um preparo mais eficiente.
Gastar menos gás não significa abrir mão de assados bem-feitos. Com pequenas mudanças na rotina, é possível manter a qualidade das receitas e ainda reduzir o impacto no consumo. Entender como o aparelho funciona e como usá-lo de forma inteligente é o melhor caminho para uma cozinha mais econômica e funcional.