No Instituto Educacional Duque de Caxias em Ponta Grossa os jogos digitais são usados como ferramentas de aprendizado. No espaço que atende as crianças da Escola de Guarda Mirins Aldeia Espírita da Criança Dr David Federmann, o projeto EducaGame promove o desenvolvimento pessoal e digital.
Criado pela educadora social Paola Dolgan, o projeto utiliza a criação de jogos como forma de estimular o pensamento no futuro e desenvolver habilidades humanas. A proposta é usar a linguagem dos games para ensinar de forma prática e acessível. “O EducaGame é muito mais do que uma atividade divertida. Ele coloca os participantes no centro do processo de aprendizagem e dá voz às ideias e vivências deles”, afirma Paola.
O projeto EducaGame
Durante seis meses, mais de 50 estudantes do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos seguirão com oficinas de jogos digitais e físicos. Nesse período, as crianças irão aprender a programar e construir narrativas com personagens envolventes. Segundo a educadora, o EducaGames vai estimular o desenvolvimento de competências como pensamento lógico, criatividade, cooperação, empatia e comunicação — habilidades cada vez mais valorizadas no mundo profissional.
A pedagoga Ângela Xavier, responsável pela Aldeia Espírita, explica que o projeto traz inovação às crianças que utilizam o serviço do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Ela destacou que a metodologia é capaz de engajar e motivar os usuários com a educação digital.
Acesso limitado a tecnologia
Ângela também lembra que o acesso à tecnologia ainda é limitado para muitas crianças em situação de vulnerabilidade, embora presente no cotidiano. “O projeto trará novos desafios, curiosidades e descobertas, onde nossos usuários irão criar seus próprios jogos educativos. E, pelo fato de ser uma plataforma gratuita, facilitará o acesso para todos”, afirma.
Os jogos produzidos tratarão de temas como cidadania, empatia e meio ambiente, sempre a partir da realidade e da perspectiva das próprias crianças.
“Esses três temas foram escolhidos por estarem diretamente ligados ao das crianças. São temas transversais que ajudam os participantes a se enxergarem como agentes de transformação em suas comunidades”, explica Paola Dolgan.
Ângela acredita que o projeto tem potencial de ir mais longe, desde que receba incentivo para crescer. “Quem sabe, futuramente, o EducaGame possa se expandir e despertar em cada um o interesse por seguir na área da tecnologia.”
Mercado de trabalho
Estudos mostram que esse tipo de formação tem tudo a ver com o que o mercado exige. Segundo o levantamento do Fórum Econômico Mundial, 37% das habilidades dos trabalhadores brasileiros devem mudar nos próximos cinco anos, com foco em pensamento crítico, lógica computacional e alfabetização digital. Tudo indica que até 2030, as novas tecnologias deverão gerar 78 milhões de empregos no mundo, principalmente em áreas como games, inteligência artificial e Big Data.
Para Paola, o mais importante é que os usuários saem do projeto com mais autonomia. “Mesmo que não sigam na área da tecnologia, eles aprendem a trabalhar em grupo, a argumentar com respeito, a encontrar soluções e a acreditar nas próprias ideias. Isso serve para qualquer caminho que decidam seguir”, conclui.
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