Vídeos de superação, testemunhos emocionados e refrões que grudam na cabeça: a música gospel encontrou nas redes sociais um púlpito sem paredes, onde louvores se transformam em trends, e cantores religiosos acumulam números que fariam inveja a muitos artistas pop. Só no TikTok, alguns desses músicos já ultrapassaram a marca de 20 milhões de visualizações.
O Brasil lidera o consumo mundial de músicas gospel no Spotify, segundo dados da própria plataforma que, desde 2022, registra o aumento de buscas por esse gênero musical. Enquanto isso, templos por todo o país correm para refletir o clamor nas redes – investimentos em tratamento acústico para igreja passaram a ser uma medida que não somente garante a qualidade do som para os fiéis presentes, como também para os milhares que acompanham as transmissões on-line.
Entre padres cantores e vozes consagradas que se reinventaram digitalmente, há nomes que se destacam nessa revolução musical que mistura fé, algoritmos e uma dose de carisma virtual.
Até a indicada ao Oscar, Fernanda Torres, ficou para trás nas buscas do Google quando o assunto foi Frei Gilson, em março de 2025. O sacerdote católico acumula 9,4 milhões de seguidores no Instagram; 7,65 milhões no YouTube; e 1,2 milhão no TikTok, além de mobilizar milhares de fiéis em transmissões ao vivo durante eventos do calendário litúrgico, como a Quaresma.
O pesquisador de comunicação e religião do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Marco Túlio de Sousa, atribui o êxito do frei ao conhecimento das linguagens digitais e à qualidade estética de suas produções.
A trajetória midiática do religioso começou pela música em 2015 e se expandiu para rádios católicas e o canal de TV Canção Nova. A professora de teologia prática na PUC-MG, Aline Amaro da Silva, que também é coautora do livro “Influenciadores Digitais Católicos”, classifica o frei como parte de “dois fenômenos do segmento: padres cantores e influenciadores digitais católicos”.
A música “Bênçãos que não têm fim” catapultou Isadora Pompeo ao topo das 200 faixas mais ouvidas na Deezer. Entre os fiéis, e até mesmo entre aqueles que não são da mesma religião da intérprete, a canção virou trilha sonora para quem quer expressar a fé, sendo usada em vídeos de testemunhos e superação nas redes.
O gerente de Artist Relations da Deezer, Daniel Aguiar, acompanhou a trajetória da cantora desde o início. “Lembro dos primeiros vídeos da Isadora Pompeo fazendo covers de músicas cristãs há alguns anos”, relatou em entrevista à imprensa, acrescentando que, hoje, ela tem o reconhecimento nacional.
No Spotify Brasil, Pompeo divide o protagonismo do gospel com nomes como Gabriela Rocha e Maria Marçal.
Com mais de 30 anos de carreira e oito Grammys Latinos no currículo, Aline Barros representa a ponte entre o gospel tradicional e o sucesso digital. A cantora acumula números que deixariam popstars com inveja: mais de 12 milhões de discos vendidos mundialmente e, só no ano passado, 184 milhões de streams em suas músicas.
O poder de alcance da artista fica evidente nos cachês. Em fevereiro de 2024, no Festival Capital da Fé, em Tocantins, recebeu R$ 180 mil por uma apresentação. A música, no entanto, é apenas uma parte do império: a cantora mantém uma linha de roupas voltada para o público evangélico e já teve até marca própria de cosméticos. Com projetos que vão de livros a conteúdo infantil, ela construiu um patrimônio estimado em mais de 30 milhões de reais, segundo informações divulgadas pelo Jornal Bolsão.
Cantor, compositor, produtor, pastor e escritor: Fernando Jerônimo dos Santos Júnior, o Fernandinho, acumula títulos e conquistas que o consolidaram como referência na música cristã brasileira. Seu álbum “Faz chover”, de 2003, deu nome ao ministério que lidera.
Desde então, o artista coleciona discos de ouro e platina. Seu trabalho mais recente, o álbum ao vivo “Único”, foi lançado em abril de 2023 com 13 faixas. Depois de mais de duas décadas, continua produzindo e conquistando novos públicos nas plataformas digitais: o hit “Grandes coisas” garantiu a ele o quarto lugar no ranking de músicas mais tocadas do gênero gospel em abril, de acordo com monitoramento realizado pela Audiency em diferentes plataformas radiofônicas, inclusive on-line. Sua trajetória demonstra que veteranos também sabem navegar no mundo digital.
O professor de ciências da religião da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Waldney Costa, observa que “quando um conteúdo religioso é produzido sem se restringir a uma determinada doutrina consegue atrair simpatizantes de outros credos”.
Artistas como Gabriela Rocha, cujas músicas aparecem no top 5 das mais virais do TikTok Brasil em 2025, exemplificam esse alcance ampliado. Suas canções são usadas em vídeos motivacionais e de superação, conectando-se com usuários que buscam mensagens positivas independente da religião.
Para igrejas que acompanham essa transformação digital, a qualidade técnica das transmissões tornou-se fundamental. Investimentos em infraestrutura sonora, como o melhor forro acústico para igreja, passaram a ser vistos como essenciais para competir com a qualidade profissional dos conteúdos que circulam nas plataformas digitais.
O movimento representa uma mudança na forma como a música religiosa é consumida no Brasil. Se antes era necessário ir ao templo para ouvir louvores, hoje eles estão a um clique de distância.
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