O Governo do Estado assinou nesta segunda-feira (16) um memorando de entendimento (MOU) para implementar uma rede internacional de cooperação com foco na integração entre as sete universidades estaduais do Paraná e as oito universidades da Nova Zelândia, na Oceania. Com duração de 10 anos, a cooperação prevê o intercâmbio de estudantes e pesquisadores e o desenvolvimento de estudos em tecnologias agrícolas, arte e cultura, economia, educação indígena, genômica, inovação educacional e sustentabilidade e mudança climática.
O acordo, que estabelece uma colaboração estratégica em pesquisa e formação de alto nível, foi assinado pelo secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná em exercício, Jamil Abdanur Júnior, que participa de uma missão internacional na Nova Zelândia pelas próximas duas semanas. Entre as iniciativas previstas estão programas de mobilidade para estudantes de graduação e pós-graduação e a possibilidade de dupla titulação em mestrados e doutorados, ampliando as oportunidades de formação internacional.
Professores e pesquisadores também serão beneficiados com intercâmbios e projetos conjuntos, especialmente em áreas prioritárias como agricultura sustentável, energias renováveis e biotecnologia. A cooperação ainda prevê o compartilhamento de laboratórios e o fortalecimento de redes de pesquisa, consolidando uma parceria que promete impulsionar a inovação e a produção científica de ambos os países.
Para o secretário em exercício Jamil Abdanur Júnior, a parceria com as universidades neozelandesas representa um avanço significativo na internacionalização do ensino superior no Paraná. “Essa cooperação estratégica coloca nosso Estado em posição de destaque no cenário global de pesquisa e inovação, permitindo que nossas universidades absorvam conhecimentos em áreas que a Nova Zelândia é referência mundial, como agricultura sustentável, gestão ambiental e energias renováveis”, disse.
Além dos benefícios acadêmicos e científicos, o acordo também fortalece os laços culturais entre os dois países, com ênfase na troca de conhecimentos sobre educação indígena, área em que a Nova Zelândia tem vasta experiência. As universidades estaduais do Paraná poderão adotar metodologias inovadoras de ensino e pesquisa, enquanto estudantes e professores neozelandeses terão a oportunidade de conhecer as iniciativas locais em diversidade e sustentabilidade, ampliando o diálogo intercultural.
No ano passado, uma comitiva neozelandesa esteve no Paraná para conhecer o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A delegação participou de reuniões na Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e na Fundação Araucária, com a participação dos reitores das universidades estaduais do Paraná. Durante a visita, pesquisadores paranaenses apresentaram as principais ações e estratégias de pesquisa e inovação desenvolvidas no Estado.
MISSÃO ESTRATÉGICA– Promovida pela Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), a missão internacional na Nova Zelândia começa nesta terça-feira (17), com a participação de 34 representantes de instituições de ensino superior de 20 estados das cinco regiões do Brasil e do Distrito Federal. A delegação brasileira vai visitar os campus das oito universidades neozelandesas, localizados nas cidades de Wellington, Palmerston North, Dunedin, Christchurch, Lincoln, Hamilton e Auckland.
A ação é liderada pelo reitor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Fábio Antonio Neia Martini, que preside a Câmara de Internacionalização e Mobilidade Acadêmica da Abruem. A agenda inclui visitas técnicas a centros de pesquisa e reuniões com autoridades acadêmicas para discutir a implementação prática do memorando. A expectativa é que, nos próximos meses, as primeiras ações concretas sejam definidas, incluindo a abertura de editais para bolsas de estudo e a formação de grupos de trabalho bilaterais.