O câncer de pulmão é um dos tipos mais letais da doença no Brasil, com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) de cerca de 18 mil novos casos em homens e 14 mil em mulheres somente em 2025. Diante da projeção de crescimento dos diagnósticos nos próximos anos, a situação se mostra ainda mais preocupante.
De acordo com a Fundação do Câncer, se o padrão atual de consumo de tabaco se mantiver, os casos da doença devem crescer 65%, e a mortalidade irá aumentar em 74% até 2040.
Os estudos sobre a doença no Brasil mostram que os homens lideram as estatísticas, reflexo direto do tabagismo, ainda predominante nesse grupo, e da maior exposição a agentes nocivos no ambiente de trabalho. A desigualdade regional também chama atenção: a Região Sul apresenta os maiores índices, com cerca de 24 casos por 100 mil homens, o dobro da média nacional.
Globalmente, o cenário não é menos alarmante. A doença ocupa o posto de principal causa de morte por câncer no mundo, com aproximadamente 1,8 milhão de óbitos por ano, segundo dados do Global Cancer Observatory. Por isso, é considerada um dos desafios da saúde pública internacional, o que exige estratégias integradas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
Embora o câncer de pulmão seja mais frequente entre homens, ambos os sexos enfrentam um desafio comum: o diagnóstico tardio. No Sistema Único de Saúde (SUS), mais de 91% dos casos são detectados em estágios avançados, o que reduz as chances de cura.
Em fases iniciais, as taxas de sobrevida podem chegar a 88%, mas esse número despenca para 15% quando o diagnóstico ocorre tardiamente, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT). E mesmo que a doença seja descoberta com um bom tempo, boa parte dos pacientes demora mais do que o indicado para iniciar o tratamento.
A Lei nº 12.732/12, em vigor desde 2013, determina que o primeiro tratamento oncológico pelo SUS deve ser iniciado em até 60 dias após a assinatura do laudo patológico que confirma o diagnóstico de câncer. O objetivo da norma é garantir agilidade no atendimento. No entanto, os números do SUS mostram que mais de 50% dos pacientes ultrapassam esse prazo.
O tratamento do câncer de pulmão pode envolver diferentes abordagens, como quimioterapia, radioterapia, cirurgia e terapias-alvo. Procedimentos como a ablação, que destroi o tecido tumoral por meio de técnicas térmicas, químicas ou elétricas, podem ser usados como uma alternativa menos invasiva em casos iniciais e bem localizados. Mas, como a maioria dos pacientes chega aos serviços de saúde nos estágios 3 ou 4 da doença, essas opções já não são viáveis.
A imunoterapia é outra abordagem que ganhou espaço nos protocolos de tratamento nos últimos anos. Diferente da quimioterapia, que ataca diretamente as células tumorais, a técnica estimula o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer. Seu uso tem apresentado resultados em tumores resistentes a outros tratamentos, mas o acesso ainda é restrito na rede pública.
O câncer de pulmão segue associado a fatores evitáveis. O tabagismo continua como a principal causa da doença, responsável por mais de 85% dos casos no Brasil, de acordo com o Inca.
Estima-se que fumantes tenham entre 20 e 30 vezes mais chances de desenvolver o câncer de pulmão do que não fumantes. Além disso, a exposição passiva à fumaça do cigarro também é um fator de risco.
Nos últimos anos, no entanto, outros fatores passaram a ganhar destaque nas pesquisas. Um estudo divulgado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, da sigla em inglês) aponta a poluição do ar como um elemento preocupante.
Em 2022, esse tipo de exposição foi responsável por cerca de 194 mil diagnósticos de adenocarcinoma (tipo de tumor maligno que se desenvolve a partir das células glandulares e pode afetar o pulmão) no mundo, conforme o levantamento.
A exposição a substâncias tóxicas no ambiente de trabalho, infecções pulmonares crônicas, histórico familiar e predisposições genéticas também figuram entre os fatores de risco. Essa multiplicidade de causas reforça a necessidade de prevenção.
Campanhas de controle do tabaco, regulamentação dos cigarros eletrônicos, melhoria na qualidade do ar e programas de rastreamento para grupos de risco são algumas das estratégias defendidas pelas autoridades de saúde.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, o rastreamento com tomografia de baixa dosagem pode reduzir em até 26% a mortalidade, chegando a 39% quando combinado com ações de prevenção ao tabagismo. A adoção dessas medidas pode fazer a diferença entre um diagnóstico precoce e um tratamento tardio – e entre a vida e a morte.
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