Sabe quando um preço parece bom demais pra ser verdade? Isso também acontece nas licitações públicas. A inexequibilidade surge justamente quando uma proposta é tão barata que parece impossível de ser cumprida sem prejuízo para quem está oferecendo o serviço ou produto.
Neste post, você vai entender:
O que significa inexequibilidade em licitações.
Em quais situações ela costuma aparecer.
Por que uma proposta pode ser desclassificada por esse motivo.
Dicas práticas pra evitar esse tipo de problema, seja você fornecedor ou gestor público.
Fica comigo até o fim pra entender como lidar com isso de forma simples e sem complicação.
Vamos começar do começo: inexequibilidade é quando o preço apresentado numa proposta de licitação é tão baixo que não dá pra acreditar que seja possível cumprir tudo o que está no edital por aquele valor.
Na prática, é como se alguém prometesse construir uma casa por um preço que mal cobre os materiais. Parece estranho, né? Pois é... e é justamente isso que a administração pública tenta evitar.
Propostas muito baixas podem indicar riscos de entrega mal feita ou até abandono do contrato.
Preço irreal pode esconder problemas futuros, como atraso, baixa qualidade ou necessidade de aditivos.
O barato pode sair caro pra todo mundo, inclusive pro dinheiro público.
Então, quando o valor parece fora da realidade, o órgão público precisa parar e verificar: será que esse fornecedor vai mesmo conseguir entregar o que prometeu?
Essa desconfiança sobre propostas muito baixas aparece principalmente em dois tipos de situações:
Se a empresa oferece construir, reformar ou prestar um serviço por um valor muito abaixo do esperado, pode ser sinal de que algo não fecha.
Também vale pra quando a administração pública vai comprar itens do dia a dia, como material de escritório ou serviços de limpeza. Se uma proposta tiver um preço muito fora da curva, pode ser considerada inexequível.
Mas atenção: não é só olhar o valor final. Também é importante analisar se a empresa tem condições técnicas e estrutura pra entregar aquilo.
Essa análise não é só matemática. Envolve bom senso, experiência e alguns critérios objetivos. Veja o que costuma ser observado:
Se a maioria das propostas gira em torno de um valor e uma delas é muito menor, isso já acende um alerta.
É avaliado se o valor proposto cobre pelo menos os custos básicos da execução, como mão de obra, insumos e impostos.
Empresas que já têm experiência e bom desempenho em contratos semelhantes tendem a ter mais credibilidade, mesmo oferecendo preços mais baixos.
Não adianta oferecer um preço ótimo se a empresa não tem como executar o serviço dentro do prazo e com a qualidade exigida.
Se você é fornecedor ou está preparando uma proposta para uma licitação, fique de olho nestas dicas:
Faça um orçamento detalhado antes de definir seu preço.
Evite cortes drásticos só pra tentar ganhar a disputa.
Considere todos os custos: direto, indireto, tributos e margem de lucro.
Se o seu preço for mesmo mais baixo, prepare uma justificativa bem explicada.
Mostre sua capacidade técnica com documentos e referências.
Mantenha a regularidade da empresa em dia.
Leia atentamente o edital pra não deixar nada de fora do cálculo.
Se tiver dúvidas, pergunte ao órgão responsável antes de entregar a proposta.
Nunca tente compensar com qualidade inferior ou reduzir etapas da entrega.
Lembre-se: entregar bem é mais importante do que simplesmente vencer.
Característica | Proposta Viável | Proposta Inexequível |
Preço | Compatível com o mercado | Muito abaixo da média |
Cobre os custos | Sim | Não ou parcialmente |
Justificativa técnica | Completa e detalhada | Fraca ou inexistente |
Capacidade de entrega | Comprovada | Duvidosa ou sem comprovação |
Histórico da empresa | Positivo e consistente | Inexperiente ou com problemas passados |
É quando o preço proposto não cobre os custos mínimos da entrega, gerando dúvidas sobre a viabilidade da execução.
Não. Uma proposta barata pode ser válida se o fornecedor provar que consegue executar com qualidade e dentro do valor.
Sim, mas precisa dar ao fornecedor a chance de justificar. Só depois de avaliar os argumentos é que pode decidir pela desclassificação.
Apresentar uma defesa clara, com cálculos, argumentos técnicos e exemplos que provem a viabilidade da proposta.
Sim. Se o fornecedor discordar da decisão, pode entrar com recurso administrativo dentro do prazo estipulado no edital.
A inexequibilidade em licitações não é só uma questão de números, mas de responsabilidade. Um preço baixo demais pode comprometer a qualidade, atrasar entregas ou até causar prejuízos à administração pública.
Seja você fornecedor ou gestor, é importante entender bem esse conceito, avaliar cada caso com atenção e sempre buscar o equilíbrio entre preço justo e viabilidade. Afinal, a boa contratação é aquela que entrega o que promete, com qualidade e dentro do prazo.