O Brasil vive um crescimento expressivo no setor de entretenimento ao vivo. Em 2024, o país registrou um aumento de 20% no número de festivais, com expectativa de movimentar R$ 141,1 bilhões em 2025. São Paulo e Rio de Janeiro lideram esse cenário, sediando eventos de grande porte, como o Lollapalooza, The Town e o show gratuito de Lady Gaga em Copacabana, que deve reunir mais de 1,5 milhão de pessoas. No entanto, para muitos fãs com deficiência, a experiência nesses espaços ainda é marcada por desafios estruturais e barreiras de acesso.
A influenciadora digital Amanda Valente, que utiliza uma prótese há dois anos após ter sofrido um acidente, é presença frequente em grandes festivais. Ela reconhece avanços, mas aponta limitações. “O investimento dos eventos em acessibilidade não é tão alto quanto poderia ser. O número de cadeiras e scooters disponíveis é inferior ao número de pessoas que precisam. A quantidade de pessoas que podem acessar esses recursos ainda é limitada, mas num geral, após alguns anos frequentando esses eventos, é possível sim dizer que já houve melhoria, mas sempre dá pra fazer mais”, observa.
Segundo Amanda, há pontos positivos — como o respeito às filas prioritárias e a presença de palcos elevados que permitem uma boa visão mesmo para cadeirantes com mobilidade reduzida —, mas ainda há desafios logísticos. “No Lollapalooza, por exemplo, a estrutura do lugar tem muitos morros e, quando chove, fica complicado circular. No ano passado, a experiência foi mais positiva porque havia vans que transportavam scooters, o que facilitou muito. Se fosse dar uma nota, daria 7 de 10”, avalia.
Para o paratleta Edson Dantas, que também participou do Lollapalooza a convite da Ottobock, uma das mais importantes marcas de próteses e órteses, os esforços em acessibilidade são importantes, mas ainda insuficientes diante das necessidades reais do público. “Foi bem legal, e ainda bem que hoje existem marcas comprometidas com acessibilidade, disponibilizando materiais, scooters, cadeiras. Mas sempre dá pra fazer mais. No ano passado choveu bastante, e com os pisos irregulares ficou tudo muito liso. Eu estava com uma cadeira motorizada e não consegui subir em certos pontos”, conta. Ele destaca ainda a importância de ações de conscientização. “Falta respeito, educação e informação. As pessoas não saem da frente nas filas prioritárias, por exemplo. Acho que os grandes eventos têm que estar sempre se atualizando. Melhorou bastante, mas ainda tem muito o que fazer — como colocar mais staff para ajudar as pessoas com deficiência”, sugere.
Suporte constante
Uma das iniciativas voltadas à inclusão em eventos de grande porte é a atuação da Ottobock, que mantém estruturas de apoio técnico e oferece serviços de mobilidade para o público com deficiência. A empresa participa regularmente de festivais como o Lollapalooza e o The Town, levando cadeiras de rodas, scooters e suporte técnico para quem precisa.
“Nos preocupamos em oferecer uma estrutura acessível para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida nos eventos. Pensamos em tudo: desde a mobilidade no espaço, comunicação acessível, até uma equipe preparada para acolher e apoiar quem precisa. Nosso objetivo é que cada pessoa se sinta respeitada, incluída e tenha autonomia para viver essa experiência da melhor forma possível com auxílio das nossas tecnologias, para promover a melhor experiência possivel” conta Gabriella Pessoa, analista de marketing e eventos e pessoa que fica à frente da iniciativa da marca.
A ampliação de políticas de acessibilidade em eventos culturais e esportivos segue como um desafio no Brasil. Com o setor em plena expansão, a construção de experiências inclusivas precisa ser prioridade — não apenas como adequação legal, mas como um compromisso ético com a diversidade de públicos que movem o entretenimento no país.
*com assessorias
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