Dois parques administrados pelo Instituto Água e Terra (IAT) estão entre os mais visitados do País. Levantamento inédito produzido pelo Instituto Semeia, de São Paulo, revelou que a Ilha do Mel, em Paranaguá, no Litoral, foi a 6ª Unidade de Conservação (UC) estadual que mais atraiu turistas em 2023, com 172.952 pessoas. Já o Parque Estadual do Monge, na Lapa (RMC), ficou em 9º, com 83.871 visitantes. O Parque do Cocó, no Ceará, liderou o ranking com 598.748 visitas.
O estudo, chamado de visitômetro, foi divulgado neste mês e revelou ainda que, entre os parques nacionais, o Iguaçu, em Foz do Iguaçu, na região Oeste, terminou 2023 como o segundo com mais turistas (1.800.225 pessoas), atrás apenas da Tijuca, no Rio de Janeiro, com 4.464.257 – o local tem como principal atração o Cristo Redentor, emblemático cartão-postal do País. Foram considarados 308 parques, entre nacionais e estaduais.
O Instituto Semeia é uma organização filantrópica voltada para potencializar o desenvolvimento socioeconômico sustentável de parques e Unidades de Conservação brasileiras. Já o IAT é vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
“Aparecer entre as Unidades de Conservação mais visitadas do País demonstra que estamos no caminho certo da estruturação e da gestão do patrimônio Natural do Paraná. É um resultado da maior importância, que precisa ser comemorado. Mas há, sem dúvidas, espaço para avançarmos ainda mais”, destaca o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.
Ele lembrou que a divulgação do visitômetro corrobora dados internos do órgão ambiental. Segundo o IAT, o turismo das Unidades de Conservação do Paraná estaduais cresceu 9,2% em 2024 – foram 595.905 visitantes ante 545.460 frequentadores em 2023. Neste caso, novamente, o destaque foi a Ilha do Mel, que recebeu 203.877 pessoas.
“A Ilha se consolida cada vez mais como um atrativo do Paraná e do Brasil. Referência em turismo sustentável. Um local que terá a infraestrutura ampliada em razão de projetos do Governo do Estado, como a criação de um marco regulatório que, entre outros benefícios, vai permitir a implementação de saneamento ambiental na região”, afirma o diretor.
“Esse monitoramento das UCs, com dados e números relevantes, nos possibilita um melhor planejamento, seja para gestão, o uso público e demais decisões inerentes ao processo”, complementa.
VOCAÇÕES REGIONAIS– Andreguetto cita ainda outras iniciativas em andamento para potencializar o uso das UCs, como o programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS) , uma parceria entre o IAT e Invest Paraná, braço da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio.
O VRS foi criado em 2021 com o objetivo de incentivar os pequenos produtores e valorizar a bioeconomia regional por meio da promoção das cadeias de valor, ou seja, produtos e serviços que podem ser comercializados ou explorados economicamente nessas áreas. A proposta busca promover o desenvolvimento territorial de diferentes regiões do Estado por meio do uso sustentável dos parques.
A expertise da Invest Paraná na condução e aplicação do programa VRS, ressalta Andreguetto, impactará diretamente no cuidado de importantes frentes relacionadas à hospedagem, alimentação, produtos e artesanato no entorno, aproveitando parcerias já existentes, seja por meio de acordos de cooperação com entidades privadas ou governamentais.
A intenção é que essas cooperações ajudem a melhorar a infraestrutura e oferta de serviços para os visitantes, além de apoiar a economia local de maneira mais integrada e sustentável. Na prática, a proposta quer garantir a exploração de forma sustentável, potencializar as características dos locais e garantir a inclusão social e o fortalecimento econômico.
“Vamos fortalecendo a geração de emprego e renda, desenvolvimento sustentável, a proteção e a conservação da biodiversidade das UCs”, diz ele.
ILHA DO MEL– Cerca de 81% da superfície da ilha constitui uma Estação Ecológica, tendo como objetivo a preservação e reconstituição de manguezais, restingas, brejos litorâneos e caxetais, e cerca de 12% abrangem um Parque com objetivo de preservação e reconstituição dos seus ambientes naturais de praia, costões rochosos, importantes remanescentes da Floresta Ombrófila Densa Submontana e de Terras baixas associada à Floresta de Restinga, proporcionando a proteção integral da diversidade biológica.
O Parque Estadual tem 337,84 hectares e a Estação Ecológica 2240,69 hectares, sendo cerca de 93% da Ilha protegida por unidades de conservação.
As áreas de preservação possuem como entorno belíssimas praias e atrativos turísticos, como a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, o Morro do Farol e a Gruta das Encantadas, que, ao longo dos anos, transformaram a Ilha do Mel num dos pontos mais visitados por turistas no Paraná.
PARQUE DO MONGE– O Parque Estadual do Monge está localizado na Lapa, a aproximadamente 3 km da sede do município. Ele recebeu este nome por possuir uma gruta que teria sido abrigo do monge João Maria D'Agostini, entre 1847 e 1855. O monge se dedicou ao estudo de plantas da região, fazendo orações públicas e medicando enfermos, tornou-se assim um líder religioso.
As principais atrações do Parque caminham na direção do turismo religioso, com a Gruta do Monge e uma fonte que, segundo a crença popular, seria milagrosa. Os atrativos atraem um grande número de fiéis que deixam objetos, acendem velas e colocam flores em agradecimento à graça alcançada.
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