Em épocas passadas, eram uma forma de exibir a evolução da indústria e serviam como status de poder de compra. Hoje, adquirir eletrodomésticos como uma geladeira que não acumula gelo é algo que já integrou a lista básica na hora de montar uma casa, pensando tanto na praticidade quanto na eficiência dos equipamentos.
Ao longo do tempo, eletrodomésticos como as próprias geladeiras passaram por transformações em seu design e engenharia. Além de reduzir o uso de materiais potencialmente nocivos ao ser humano e à segurança da casa, a indústria foi integrando componentes que interferem na vida útil dos eletrodomésticos, assim como em seu aproveitamento de uso.
Embora surjam modelos novos com um intervalo cada vez menor de tempo entre um e outro, ainda existem consumidores que optam por produtos de gerações passadas, ou até mesmo por seminovos. Em todos eles, é de extrema importância garantir a manutenção adequada pensando em sustentabilidade.
No Brasil, a maior parte dos equipamentos de uso caseiro, como eletrodomésticos, passam por rigorosos processos de validação. Um deles atribui um selo de eficiência energética aos produtos, que sofre alterações conforme novas normas para a indústria vão sendo criadas.
Quanto melhor a classificação de um eletrodoméstico nesses selos, maior é a sua eficiência energética, o que significa que ele usa menos energia elétrica para funcionar em pleno desempenho. Ou seja, seu impacto é menor em relação ao uso de recursos naturais para suprir a demanda de energia.
Com o avanço da tecnologia, muitos desses aparelhos passam a apresentar funções e recursos pensados para reduzir ainda mais o consumo energético, ou seja, elevando o nível de sustentabilidade. Geladeiras com câmeras internas que previnem a necessidade de abertura das portas e máquinas de lavar com uso inteligente de água são alguns exemplos.
Quando se fala em sustentabilidade, um dos principais objetivos é ''fazer o mesmo com menos'', o que envolve inovação, criatividade e adaptação. Atribuída aos eletrodomésticos, a sustentabilidade pode ser alcançada por meios como a simples manutenção regular dos equipamentos, favorecendo benefícios como os listados a seguir.
Seja ele novo ou usado, o eletrodoméstico que recebe manutenção regular se beneficia com o uso prolongado de peças e seu bom funcionamento. Com isso, os usuários evitam descartar peças (muitas vezes de forma inadequada na natureza) e se beneficiam de mais tempo do aparelho disponível para realizar a função atribuída a eles.
Hoje, muitos eletrodomésticos de última geração possuem valor elevado. No entanto, se forem devidamente preservados, acabam tendo seu valor diluído em função do tempo de uso. Isso reduz a produção de lixo eletrônico e industrial na natureza, incentivando consumo consciente e também economia para o bolso destes consumidores.
Um outro fator diretamente atrelado a questões sustentáveis é a redução considerável de recursos naturais, como a água. Uma máquina de lavar antiga tende a consumir mais água durante um ciclo de lavagem do que um modelo mais novo, mas a manutenção regular pode garantir que ela não exceda o consumo, evitando também danos a peças por vazamentos e ferrugem.
Em adição a isso, a redução de troca de peças faz com que o descarte de resíduos de forma indevida na natureza seja menor, ou seja, menos poluentes em solo, rios e áreas ambientais. Modelos mais novos que são otimizados para funcionar com menos eletricidade também impactam nesses níveis, já que a demanda se torna menor.
A manutenção preventiva de equipamentos novos ou usados e a opção de compra por modelos certificados pelos órgãos de fiscalização estão lado a lado com práticas sustentáveis. Afinal de contas, um eletrodoméstico funcionando como esperado gera economia para o consumidor, reduz a produção de resíduos industriais e permite maior controle de uso de recursos como água, energia e descarte de lixo.