Após as celebrações do feriado de 7 de setembro na Avenida Vicente Machado, em Ponta Grossa, um grupo significativo de manifestantes se reuniu para o "Grito dos Excluídos", articulado pela Central de Movimento Popular (CMP) da cidade. Este evento, que ocorre em todo o Brasil desde 1995, visa destacar as questões urgentes enfrentadas pela população brasileira, incluindo acesso à saúde, educação, moradia digna, segurança, e outros direitos fundamentais.
A CMP de Ponta Grossa, composta por diversos movimentos sociais como União por Moradia Popular, Movimento Comunitário, APJ, AUMCG, Coletivo da Cultura, ASAECO, e Renascer, mobilizou cerca de 120 pessoas para a manifestação. Gerveson Tramontin, líder da União por Moradia Popular, afirmou: "A manifestação visa reivindicar direitos básicos como moradia digna, água, luz e a documentação adequada das casas. É uma luta por mais justiça e inclusão para todos".
Além disso, Gerveson destacou a importância do evento para a comunidade local: "O Grito dos Excluídos é uma oportunidade para mostrarmos nossa força e nossa determinação em lutar por um futuro melhor para todos. Em Ponta Grossa, estamos focados em garantir moradia, serviços básicos e oportunidades para a juventude. Nossa voz deve ser ouvida e nossas demandas devem ser atendidas".
Cristiane Campos, representando a Associação União das Mulheres dos Campos Gerais (AUMCG), também participou da manifestação, destacando a necessidade urgente de combate ao feminicídio. Ela ressaltou que Ponta Grossa tem registrado altos índices de violência contra as mulheres nos últimos meses. "Não podemos fechar os olhos para a realidade alarmante do feminicídio em nossa cidade. É essencial que a sociedade se una para combater essa violência e garantir a segurança e os direitos das mulheres", afirmou Cristiane durante o evento.
O Grito dos Excluídos não apenas ressalta as necessidades urgentes da população, mas também promove debates, celebrações culturais, e fortalece a solidariedade entre diferentes grupos sociais. A cada ano, um tema central é escolhido para direcionar as discussões e ações do movimento.
A iniciativa, apoiada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e por diversas entidades comprometidas com a justiça social, demonstra a força da mobilização popular em Ponta Grossa e em todo o país. As manifestações incluem caminhadas, atos públicos, e outras formas de expressão para exigir um Brasil mais justo e igualitário para todos.