Muitos se recordam dos eternos filmes de bang-bang dos anos 60, onde o selvagem Oeste americano era palco de tramas repletas de crime, traição, alianças duvidosas e conflitos de interesse. Essas histórias, que cativavam milhares de espectadores nas telonas do extinto Cine Império, agora encontram um paralelo curioso na disputa eleitoral que envolve a Princesa dos Campos.
Nesta versão moderna do faroeste, três candidatos se enfrentam nas eleições deste ano, e embora não vejamos duelos ao meio-dia ou tiroteios em cemitérios, o enredo certamente poderia confundir um desavisado com os famosos filmes do gênero.
A narrativa começa em 2020, quando a atual prefeita, Elizabeth Schmidt (União), derrotou sua rival, Mabel Canto(PSDB), na corrida pelo comando da pacata cidade de Ponta Grossa. Seu maior aliado nessa empreitada foi o ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD), que, após ser reeleito, não podia concorrer novamente.
Contudo, após um governo que gerou controvérsias e uma crescente taxa de rejeição, o PSD decidiu romper com a prefeita e lançar Rangel como seu candidato oficial. Para Elizabeth, essa mudança foi nada menos que uma "traição" — ou, no jargão do Velho Oeste, um típico "golpe pelas costas."
Sem tempo a perder, a prefeita solitária montou em seu cavalo e saiu à procura de um novo partido, determinada a não perder sua estrela de prefeita. Durante essa cavalgada política, Elizabeth afirmou que Rangel tentava sabotá-la quando buscou filiação ao PL.
Na pré-campanha, os dois trocaram farpas incessantemente, lutando para se desvencilhar das sombras um do outro. E, como em todo bom western, uma figura do passado ressurgiu: Mabel Canto (PSDB), a antiga rival, oficializou mais uma candidatura.
Em agosto, a Justiça Eleitoral de Ponta Grossa ordenou que Elizabeth removesse conteúdos publicados contra Mabel, onde associava a então pré-candidata à decisão do Conselho de Saúde de votar contra a criação da UPA de Uvaranas. Mabel, por sua vez, acusou a prefeita de ser responsável pelo fechamento do Pronto Socorro da cidade.
Conforme novos capítulos se desenrolam, a trama se complica: o sistema da prefeitura sofre um ataque hacker, o Ministério Público tenta impugnar a candidatura de Rangel, e até mesmo o Operário Ferroviário, não demite o técnico após três derrotas consecutivas. Um acontecimento mais estranho que o outro.
No final, quem sempre sai perdendo é o povo, preso em um impasse mexicano, sem uma rota clara de fuga. O constante embate e troca de acusações entre os políticos empobrece o diálogo público, desviando o foco das questões que realmente importam. Ao invés de promover um debate construtivo sobre políticas e soluções, esses conflitos pessoais transformam o cenário político em um espetáculo de ataques e contra-ataques, prejudicando a capacidade dos eleitores de avaliar propostas concretas.
Essa retórica agressiva e polarizadora corrói a confiança nas instituições democráticas e alimenta a desinformação, dificultando ainda mais o progresso e a coesão social. Agora, resta apenas aguardar o momento em que os candidatos joguem suas últimas cartas, enquanto o duelo das urnas se aproxima, prometendo ser o desfecho desse enredo digno de um clássico do Velho Oeste.
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