Apesar de não ser muito popular no Brasil, o polo aquático faz parte dos jogos olímpicos desde o ano de 1900 nas Olimpíadas de Paris. A estreia da seleção brasileira na modalidade foi na Bélgica, em 1920, contra a Antuérpia, ficando na sétima colocação do mundial.
Marcos Bellizia, diretor da SRB, Sociedade Rural Brasileira, conta que começou a praticar polo aquático por acaso. “Eu praticava natação, pois sofria de asma desde que nasci. A piscina era uma recomendação médica para a prática desportiva. Aos 9 anos viajei para um final de semana no Guarujá. Na ocasião meus amigos estavam treinando polo e para não ficar esperando fora da piscina, eu resolvi entrar e participar daquele treino que para mim era uma grande novidade”, diz Bellizia.
Segundo Marcos, sua primeira convocação para a seleção brasileira foi aos 17 anos de idade. “A minha primeira convocação para a seleção brasileira foi para um time com atletas com idade três anos a mais que a minha. Eu era o mais novo do time e fomos campeões invictos do campeonato Sul-americano”, completa.
Após a convocação disputou os jogos Pan-americanos Juniores perdendo a final para Cuba. Marcos lembra que participar da seleção brasileira era a grande meta desde que iniciou no esporte, mas ao ser convocado para o Exército, CPOR SP, não dava mais para conciliar as duas atividades.
Mesmo longe das disputas na piscina, Marcos não deixa as atividades físicas de lado. Atualmente faz ginástica e pedala em trilhas no interior. O esporte continua sendo sua terapia e a forma de se manter saudável. Hoje, sócio do Esporte Clube Pinheiros, tem a oportunidade de assistir aos treinos ao vivo, além de acompanhar jogos pelo Instagram e seguir alguns jogadores.
“Eu jogava como goleiro e por isso gosto muito de ver as defesas dos goleiros atuais. São grandes goleiros que elevaram o jogo para outro patamar. Goleiro de polo aquático não é como goleiro de futebol. No futebol, mesmo sem treino, você consegue bater uma bolinha como no passado, mas no polo aquático, se não estiver com a perna muito treinada e bem fisicamente, não vai conseguir sair muito da água e um goleiro sem sair da água não consegue defender quase nada. Minha lesão no ombro impede de continuar praticando polo, mas lógico que carrego a saudade sempre comigo”, finaliza Marcos Bellizia.