Como a internet mudou a forma de consumo musical e para melhor. Não dá para negar, a tecnologia, como o acesso à internet, transformou muitas esferas da vida contemporânea, e a música é uma delas. A transição do consumo de discos, fitas e rádios para as plataformas digitais marcou o início de uma nova era de acesso, distribuição e, claro, produção musical que viria a seguir. Agora, a tecnologia permite que artistas e ouvintes explorem possibilidades musicais praticamente infinitas.
A revolução do streaming redefiniu o cenário musical, democratizando não apenas o acesso, mas também a própria produção musical. Artistas como Carine Nunes passaram a ter a possibilidade de compartilhar seu trabalho com o mundo inteiro, abrindo mão das fronteiras físicas e dos bloqueios econômicos que limitavam a distribuição das músicas. "A internet é um ótimo meio para o serviço de streaming, que contribui muito para a distribuição musical tanto para os músicos iniciantes quanto para os já estabelecidos lançarem suas músicas, sem a necessidade de criar demos em mídia física. Esse avanço na distribuição digital da música democratiza mais a arte de todos. Para os artistas iniciantes, estimula a produção de sua arte, tendo a possibilidade de conquistar novos espaços e público, em uma proporção maior e mais rápida que CDs, por exemplo", diz a cantora Carine Nunes.
Nesse sentido, a acessibilidade talvez seja um dos maiores triunfos do streaming. Antes confinados a fases de esperançosas programações de rádio ou a investimentos em coleções físicas de álbuns, os ouvintes agora podem mergulhar em catálogos praticamente infinitos e inovadores com poucos cliques. Além de aumentar exponencialmente o repertório do consumidor, esse novo cenário também permite que diferentes artistas, gêneros e culturas musicais se encontrem com muito mais frequência, enriquecendo a experiência musical. As plataformas atuais também têm algoritmos avançados de recomendação, que conectam artistas a públicos que jamais os encontrariam de outra forma.
Dentro dessas possibilidades, percebe-se que além da diversidade de gêneros e estilos musicais e da amplitude da distribuição musical, existe o consumo que pode ser personalizado e diverso, a partir do gosto do público, por isso os músicos estão começando a perceber que, se não existe um nicho para todo tipo de expressão sonora, ele está, por vezes, muito mais próximo do que se pensa de conquistar o seu.
A interatividade é outra área radicalmente transformada pela era digital: agora, artistas e fãs se encontram frequentemente pela primeira vez em uma base próxima e instantânea. Playlists colaborativas, comentários em faixas, compartilhamento de letras, conexão pelas redes sociais, transmissões ao vivo. Este diálogo constante entre os criadores e consumidores de música está construindo uma comunidade mais engajada e participativa do que nunca.
A globalização da música não parou por aí — artistas de todo o mundo têm colaborado com músicos e intérpretes de diferentes tradições, gêneros e estilos musicais. A internet possibilitou conhecer e se conectar com músicas de outros países, inspirando-se para agregar à sua própria cultura, fazer parcerias. Percebe-se ritmos brasileiros sendo influência para a música da cultura de outros países, como o samba, sertanejo e funk. Pode-se perceber também, ao longo da história da música no Brasil, a inspiração em ritmos como o rock, jazz, blues, folk, pop e o gospel americano, por exemplo, agregando à música brasileira.
A era digital, facilitada pela internet, mudou radicalmente a maneira pela qual experimentamos música, aproximando artistas e ouvintes, expandindo possibilidades criativas em música, parcerias, estendendo nosso repertório de escuta e criação, ampliando o mercado da música, de divulgação e venda do trabalho musical dos artistas. A música no digital hoje possibilita uma experiência onipresente, fazendo parte importante de nossa vida e da história da música, tanto de ouvintes quanto de músicos.