O estudo realizado pela ABCasa (Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes, Utilidades Domésticas, Festas, Flores e Têxtil) em parceria com o IEMI - Inteligência de Mercado, revelou dados sobre as exportações de artigos para casa e decoração em 2022. De acordo com o levantamento, o Paraná conquistou o posto de quinto maior exportador do setor, desempenhando um papel crucial ao contribuir com expressivos 6% do total das exportações do país.
Já à frente do cenário, Rio Grande do Sul e Santa Catarina lideraram as exportações, representando uma fatia significativa de 41,1% e 24,5%, respectivamente. Em seguida, São Paulo ocupou o terceiro lugar, contribuindo com 18,1% do volume total exportado. Esses números destacam a influência marcante dos estados brasileiros no comércio internacional de artigos destinados à casa e decoração, evidenciando a diversificação do mercado nacional nesse segmento.
Quando falamos no destino desses itens, é notável a importância e a representatividade dos mercados americanos para as exportações brasileiras. No entanto, vemos um potencial significativo para explorar o comércio em outros continentes, como a Europa.
Cenário Nacional Impulsionado pelo Setor de Casa e Decoração em 2022
Ao analisar o panorama, a proporção de consumo na região do Paraná atinge 5,3% e os colaboradores envolvidos na venda de artigos para casa em pontos de varejo somam um total de 17.626 mil, distribuídos em diversos estabelecimentos. Desse total, 10.525 mil estão vinculados a pontos de venda com até 4 funcionários.
No ranking das cidades que mais consomem artigos para casa e decoração, a capital paranaense, Curitiba, ficou em oitavo lugar, com 1,5%. Os municípios Londrina (0.3%), Maringá (0.2%) e São José dos Pinhais (0.2%) também entraram na lista.
Essa categoria representa uma parcela significativa, correspondendo a 7,4% da participação no mercado do estado e contribuindo com expressivos 20,6% na região Sul do país. Esses números evidenciam o impacto considerável desses pontos de venda no setor de artigos para casa, destacando sua relevância tanto em âmbito estadual quanto regional.
No que tange ao emprego direto no setor de artigos para casa e decoração, o Paraná se firma com forte relevância, contabilizando 36.510 mil postos de trabalho. Esse número expressivo não apenas representa 8,0% do total de 148.834 mil empregos no setor, mas também contribui significativamente para os 32,5% de empregos diretos registrados em toda a Região Sul.
Além de refletir a produção, esses dados demonstram a expressiva geração de empregos que esse setor proporciona, consolidando o Paraná como um dos protagonistas econômicos no cenário regional.
Cenário Nacional
De acordo com o estudo apresentado pela ABCasa, o mercado de varejo de artigos para casa, decoração, presentes, celebrações e utilidades domésticas do Brasil apresentou números expressivos em 2022, revelando um setor robusto e em crescimento constante, que movimentou mais de R$ 96,3 bilhões no ano passado, envolvendo 238,8 mil pontos de venda em todo o país.
Dentre esses pontos de venda, 135,2 mil são lojas de varejo especializadas em artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas, enquanto 103,7 mil são pontos de venda de varejo não especializado, incluindo lojas de departamentos, variedades e home centers.
"É importante ressaltar que o nosso setor empregou um total de 2,7 milhões de pessoas em 2022, tanto em lojas especializadas como em varejistas não especializados." aponta Eduardo Cincinato, presidente da ABCasa.
A produção local de artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas em 2022 correspondeu a R$54 bilhões, em valores líquidos, sem impostos, por meio de 25,9 mil unidades produtoras que empregam diretamente 458,5 mil funcionários.
No que diz respeito ao comércio exterior, o setor de artigos para casa, decoração, presentes e utilidades domésticas fez importações no valor de US$1,3 bilhão em valores FOB (Free on Board) em 2022. Paralelamente, as exportações brasileiras desses produtos somaram US$897 milhões, também em valores FOB, no mesmo período.
Outro destaque dessas estatísticas é o consumo residencial nas principais cidades brasileiras. Entre as dez maiores cidades em consumo de artigos para casa, destacam-se: São Paulo com 9,2%, Rio de Janeiro com 4,5%, Brasília com 2,6%, Porto Alegre e Belo Horizonte, ambos com 2,4%. Esses municípios são vitais para o mercado de varejo desse setor.
Segundo o presidente da ABCasa, esses dados demonstram a vitalidade e a importância do mercado de artigos para casa, decoração, celebrações, presentes e utilidades domésticas no Brasil.
“O nosso setor, ao lado da construção civil, teve um aumento expressivo no pós-covid 19 e o resultado direto foi o aumento no número de lojas, produção e profissionais ligados ao segmento. Houve uma mudança de mentalidade do consumidor final, que passou a ter um novo olhar para a casa e hoje investe mais em decoração”, destaca Eduardo Cincinato.