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Carreira Empreendedorismo

Após quebrar, paranaense fatura R$ 18 milhões com importação da China

Além de consultor para outras empresas, Rodrigo Giraldelli também oferece cursos on-line para ensinar outros empreendedores sobre o ofício

29/01/2024 09h12
Por: Redação Fonte: Das assessorias
Divulgação
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Hoje em dia, não é novidade para ninguém que a maioria dos produtos de bens de consumo são made in China e importados de lá. Não à toa, o país asiático se tornou uma das maiores potências do mundo nas últimas décadas. Mas essa não era a realidade do Brasil e do mundo há 21 anos atrás, quando os empreendedores brasileiros davam os seus primeiros passos na importação. E foi justamente surfando nessa onda pouco explorada, na época, que o paranaense Rodrigo Giraldelli se especializou. Resultado: hoje, após 27 viagens à China, ele é considerado um dos pioneiros na importação China x Brasil e fechou o ano de 2023 com faturamento aproximado de R$ 18 milhões por meio da China Gate, sua empresa especializada em consultoria e educação sobre importação.

A veia empreendedora de Rodrigo teve início quando ele assumiu a loja de artigos importados onde trabalhava, aos 22 anos. “Na época, a empresa valia R$ 300 mil e tinha R$ 300 mil em dívidas. Eu era novo, recém-formado e tinha muito sonho de empreender e conquistar algo grande. Assumi o negócio e fui pagando com o lucro da operação. A meta era quitar as dívidas em 2 anos”, relembra Rodrigo. A empreitada estava indo bem, quando o ataque às Torres Gêmeas do edifício World Trade Center, em 2001, fez com que os preços dos produtos importados dispararem em decorrência da alta do dólar. “Depois desse atentado, eu quebrei. Peguei uma empresa quebrada para sanear e a conjuntura imprevisível não ajudou”, recorda o empreendedor.

Posteriormente, Rodrigo atuou como consultor de implementação de sistema financeiro dentro de outras empresas, faturando R$ 15 mil por mês. Mas o pulo do gato que o levou à China Gate veio mesmo quando um dos seus clientes se queixou da queda na sua margem de lucro, em decorrência dos seus concorrentes estarem vendendo produtos oriundos da China. “Sugeri ao cliente que importasse também. Ele gostou da ideia e me pediu ajuda. Na época, a importação da China não era tão óbvia como hoje, mas encontrei bons fornecedores via internet, mergulhei de cabeça nas pesquisas e consegui bons caminhos e contatos para ajudá-lo”, lembra Rodrigo. Após essa primeira experiência, o cliente resolveu ir à China conhecer o fornecedor para importar mais produtos e levou Rodrigo com ele. A partir daí, o empreendedor mergulhou de cabeça no mercado de importação para oferecer o serviço a outros clientes comerciantes, o que gerou um faturamento considerável no primeiro ano de atuação com importação.

Em paralelo ao trabalho com importação, Rodrigo passou a realizar palestras e cursos de pós-graduação na área. Dalí até levar o conteúdo que ministrava para a internet não levou muito tempo. Com um aprofundamento em marketing digital, Giraldelli criou um blog e passou a publicar os conteúdos também no YouTube – que estava em ascensão na época. “Os cursos ajudam a aumentar o faturamento que tenho com a a=consultoria sobre importação da China, a escalar o negócio e a captar novos clientes. Hoje, meu faturamento é de R$ 1,5 milhões com os cursos, cerca de 30% do montante total, em relação aos rendimentos com a prestação de serviço”, conclui.

E os planos para 2023 foram ainda mais audaciosos, com a expectativa de fechar o ano com faturamento em R$ 18 milhões. “Apesar do contexto desafiador com a imposição de taxas pelo governo, é notável a resiliência nas relações sino-brasileiras. Um levantamento conduzido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revela que, até o final de julho, o Brasil importou 3,3 bilhões de itens, dos quais cerca de 40% vieram da China. Este dado não apenas evidencia a robustez desses laços comerciais, mas também sugere uma adaptabilidade notável diante de desafios, consolidando a parceria em um cenário global complexo”, destacou Giraldelli. “E é nesse cenário de grande competição que nós entramos, oferecendo nossa consultoria para fazer toda a ponte entre fornecedor x empreendedor ou ensinando a equipe do empresário a conduzir esse processo”, completou.

Para este ano, as expectativas de Giraldelli também são altas, com crescimento de 70% do faturamento da China Gate, somando um faturamento de R$ 25 milhões.

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