O famoso Esquenta Black Friday gerou mais buscas pela data varejista e mais compras efetuadas do que a própria data oficial, no dia 24 de novembro, a última sexta-feira do mês. Foi movimentado cerca de R$ 1 bilhão apenas na quinta-feira (23).
De acordo com dados da ClearSale e da Confi.Neotrust, coletados pela plataforma Hora a Hora e divulgados pelo portal Money Times, foram realizados mais de 1,8 milhão de pedidos. No entanto, isso representa uma queda de 8,6%, em comparação ao ano anterior.
Um levantamento feito pela Nielseniq Ebit constatou que o consumidor está optando por comprar antes da data oficial da Black Friday, pois está distribuindo os gastos durante todo o mês, fazendo jus à iniciativa varejista de “Black November”.
Isso também pode justificar a performance da quinta-feira (23) ter sido melhor do que a da sexta-feira (24). Segundo a especialista, o fluxo de vendas teve um salto de 19,8% em relação a 2022, devido a ações promocionais intensificadas. Já no dia seguinte, a demanda apresentou uma retração considerável.
O e-commerce do Mercado Livre afirma ter vendido mais de 4.000 ventiladores em apenas 20 minutos na véspera da Black Friday, segundo a Folha de S.Paulo.
Outras fontes, desta vez do segmento financeiro, também atestam a antecipação por parte dos consumidores. A adquirente Rede, do Itaú Unibanco, revelou um avanço de 27% no faturamento nominal do comércio eletrônico já nos primeiros 15 dias de novembro.
Já a Linx, empresa de softwares para varejistas do grupo Stone Co, indicou um aumento de 12% na mesma base de comparação.
A especialista em dados e SEO, Conversion, foi muito além e iniciou o mapeamento das intenções de compra já no mês de setembro, através das buscas do Google Trends.
De acordo com o estudo, que considerou perfis e comportamentos de busca desde 2018 até 2023, o volume de procura pelos termos relativos à Black Friday em setembro era de 74 mil. Já em outubro esse padrão representou 550 mil buscas.
As categorias e os produtos mais procurados na Black Friday 2023
Ainda segundo a Agência Conversion, os setores com maior demanda de pesquisas foram os marketplaces, comidas e bebidas, importados, moda e beleza e, principalmente, eletrônicos e eletrodomésticos.
Para a Google, isso também se confirmou, pois o buscador constatou que os eletrônicos foram a categoria preferida dos brasileiros, com 69% das procuras. Dentre os mais cobiçados, estão: eletrodomésticos (30%), celulares (28%) e eletroportáteis (27%).
Esse mapeamento sobre as pesquisas antecipadas registrou que, no terceiro trimestre deste ano, as consultas prévias sobre a data mais que dobraram, atingindo 114%. Isso corresponde ao maior volume de buscas desde 2019.
E os consumidores acertaram em cheio nos produtos, pois, segundo a empresa Promobit, os setores de informática e tecnologia apresentaram o maior número de ofertas, com descontos expressivos em smartphones, televisores, notebooks e peças com SSD.